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Petrobras admite reajustes quinzenais à gasolina em 2005
Do Diário OnLine
Com Agências
17/12/2004 | 17:10
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O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, admitiu nesta sexta-feira que a gasolina e os outros derivados de petróleo podem passar a ser reajustados quinzenalmente a partir do ano que vem. Ele descartou, por outro lado, um aumento nas duas últimas semanas de 2004.

A Petrobras pretende unificar a metodologia de reajuste dos preços de todos os derivados do petróleo e a tendência é que sejam reajustados a cada 15 dias, para cima ou para baixo, dependendo da evolução dos preços no mercado externo. Isso já acontece com o querosene de aviação, o óleo combustível e a nafta.

"O ideal, no futuro, é que a gasolina e o diesel tenham a mesma regra do querosene de aviação e do óleo combustível e da nafta, que são reajustados quinzenalmente pela companhia. Mas, para implementar esta uniformização de regras, é preciso que haja uma mudança de mentalidade do brasileiro", afirmou Dutra.

O presidente da Petrobras garantiu que a estatal continua acompanhando os preços do barril do petróleo no mercado internacional, mantendo a política de não repassar para o mercado interno a volatilidade dos preços extenos do produto. Ele negou, no entanto, que o país tenha a gasolina mais cara do mundo, como afirmam analistas do mercado.

"Nós definimos os preços cobrados no mercado interno utilizando parâmetros como, por exemplo, as cotações do barril de petróleo nos mercados abastecedores da empresa. Esse é o critério que a Petrobras utiliza para ver se os preços estão alinhado ou não. Não vamos polemizar com analistas. Agora, posso afirmar que nosso preço não está maior que o do mercado internacional. Nem o diesel, nem a gasolina", disse.

Dutra lembrou que, com a flexibilização do monopólio do petróleo no Brasil, os preços cobrados pela estatal para os seus derivados estarão sempre relacionados aos do mercado internacional. "Como a empresa teve o monopólio durante mais de 40 anos e como a Petrobras domina o mercado, a população ainda tem dificuldade de entender a lógica do petróleo como uma commodity. E Isso vale para o aço, o café, a soja. E você não vê ninguém questionar a alta destas outras commoditties", destacou, citado pela Agência Brasil.




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