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Sonic é a cartada da Chevrolet
Vagner Aquino
Enviado a Búzios (RJ)
06/06/2012 | 07:00
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Divulgação


O teste do novo Chevrolet Sonic começava numa concessionária da marca na cidade do Rio de Janeiro. Após breve explicação sobre as regras do test drive, era possível escolhermos qualquer uma das versões do modelo, hatch ou sedã - que nos serviria de transporte até Búzios, também no Rio.

Fomos direto no hatch, que parte de R$ 46,2 mil. Exatamente este azulão (Azul Boracay) ilustrado nas fotos - cor de lançamento do modelo. Segundo a marca, qualquer semelhança com o ‘porco espinho' dos games (quem tem cerca de 30 anos deve se lembrar) é mera coincidência.

Já de início foi possível sentir que o hatch tem boa manobrabilidade. Não foi difícil contornar as curvas mais travadas. A suspensão bem acertada também é digna de elogios.

Com este lançamento, a GM pretende emplacar 1.200 unidades mensais, sendo 60% hatch e 40% do sedã. Para isso, aposta alto na lista de equipamentos, nos diferenciais estéticos, na relação custo-benefício e, claro, na performance.

No Sonic, o esperto (e inédito no Brasil) motor 1.6 16V Ecotec flexível rende potência de até 120 cv quando bebe etanol. O torque máximo de 16,3 mkgf a 4.000 rpm rende boa pegada ao carro, que traz duas opções de câmbio: manual de cinco velocidades e automático de seis. Assim como no Cruze, por exemplo, as trocas da caixa automática não chegam a ser um primor, mas agrada.

Quando visto de frente, o novato da Chevrolet não esconde a inspiração nos demais integrantes da família. Embora tenha personalidade própria, a grade dianteira está lá, cortada ao meio e com a gravata dourada no centro. O detalhe curioso do Sonic é a falta de lente nos faróis, os canhões de luz ficam expostos.

Nas laterais, ponto para as maçanetas ocultas na coluna C. Atrás, a proposta é a mesma da dianteira. As lanternas têm contornos negros. E assim como a GM faz questão de frisar, o modelo remete esportividade, mas há quem diga que (visto de costas) ficou um pouco oriental demais para o gosto dos brasileiros. Porém, gosto não se discute.

INTERIOR

"O design externo serve para atrair a atenção nas ruas e chamar o público para a concessionária. Mas de nada adianta se o interior não seguir a mesma cartilha da carroceria", frisou Dagoberto Tribia, diretor de design da General Motors do Brasil, parceira da divisão sul-coreana na criação do modelo. Aliás, o Sonic é produzido em Incheon, Coréia do Sul.

E se essa era a preocupação da marca, a meta foi batida. Isento de rebarbas e com acabamento caprichado, o interior ganha pontos também quando o tema é ergonomia. Mas o grande chamariz é o quadro de instrumentos, com mostrador analógico e um visor digital LCD inspirado nas motocicletas.

Seda preza pelo conforto

No retorno à capital fluminense, aproveitamos para avaliar a versão LTZ (topo) do Sonic sedã. No entanto, ao contrário do hatch, optamos pela configuração equipada com câmbio manual de cinco marchas.

O motor é o mesmo 1.6 16V Ecotec de até 120 cv, quando abastecido com etanol. Mas apesar de ser derivado do hatch, a diferença na hora de guiar é claramente perceptível. Mais macio, o modelo filtra melhor as imperfeições do solo - culpa da proposta mais voltada para a família e para o conforto, típicos quando se fala em sedãs.

EQUIPAMENTOS

Tanto o hatch quanto o três-volumes trazem as configurações LT e LTZ. A configuração dirigida pelo Diário (LTZ manual) traz, por R$ 51,5 mil, itens como ar-condicionado, air bag duplo, direção hidráulica, computador de bordo, freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem, trio elétrico, sensor de estacionamento, rodas em liga leve de 16 polegadas, controlador de velocidade, entre outros itens. A versão mais básica do sedã, porém, tem preço sugerido de R$ 49,1 mil.

 

 




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