O furacão Katrina, que reduziu em 10% a capacidade de refino dos Estados Unidos, terá um efeito muito mais prolongado que o de outras catástrofes semelhantes sobre a infra-estrutura e os sistemas de distribuição do país.

Oito refinarias estão paralisadas desde quinta-feira nos estados de Louisiana e Mississippi, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo presidente George W. Bush. "Diferente do furacão Ivan em 2004, que afetou a produção petroleira e teve impacto duradouro sobre a capacidade de produção no Golfo do México, o furacão Katrina pode ter impacto mais longo sobre o refino e a distribuição", destacou a EIA (agência de informação sobre energia) em relatório divulgado nesta quinta-feira.

Segundo a agência, "algumas refinarias podem até retomar suas operações em uma ou duas semanas, mas outras devem ficar paralisadas por um período maior, provavelmente por alguns meses". A queda na capacidade de refino dos EUA ocorre no momento em que a rede de refinarias já trabalha a 90% de sua capacidade máxima, respondendo com dificuldade à demanda.