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Marinho nomeia 13 aliados por dia
Rita Donato
Do Diário do Grande ABC
24/01/2009 | 07:00
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Nos primeiros 22 dias de governo, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), nomeou cerca de 300 aliados - uma média de 13 comissionados contratados diariamente - para compor as cadeiras de primeiro escalão e suprir os cargos técnicos.

Além de favorecer todos os partidos que colaboraram com sua eleição - o arco de aliança do PT foi composto por mais 15 siglas -, Marinho garantiu espaço até aos apoiadores de seu principal adversário, Orlando Morando (PSDB).

O caso mais emblemático foi a concessão da Subprefeitura de Riacho Grande ao DEM - rival histórico do PT nas esferas municipal e nacional. A legenda, que jurou lealdade à chapa tucana durante os dois turnos e que elegeu dois vereadores pela coligação rival, se uniu a Marinho às vésperas da eleição da mesa diretora da Câmara. A manobra garantiu maioria ao prefeito no Legislativo, tudo o que o petista precisava para eleger o presidente da Casa (Otávio Manente, do PPS) e eliminar qualquer possibilidade de ação do grupo oposicionista, que não conquistou sequer vaga de suplente nas comissões permanentes.

Embora Marinho tenha assegurado que essa seria a única moeda de troca com o DEM, contemplando apenas o vereador Fábio Landi (que indicou o irmão, Fausto Landi, à função de subprefeito), nos bastidores ainda é forte o comentário de que o também democrata Ramom Ramos indicaria nomes de sua confiança para a Secretaria de Serviços Urbanos.

Aos aliados de carteirinha, Marinho reservou cargos importantes. O ex-prefeiturável e deputado estadual Alex Manente (PPS) indicou seu braço-direito para comandar a Pasta de Comunicação. O secretário Edmar Luz de Almeida é ex-assessor de imprensa do parlamentar.

O presidente do PV, Giba Marson - que rompeu com antigo grupo governista para apoiar Marinho - herdou a Secretaria de Gestão Ambiental e conseguiu emplacar a secretária nacional do partido, Vera Lúcia Mota, como assessora do gabinete do prefeito.

O ex-prefeito Maurício Soares (PT), a quem a sigla credita parte da vitória, tornou-se assessor especial de Marinho, com salário que segue a base da remuneração dos diretores - R$ 5.693,99. O filho do presidente Lula, Marcos Cláudio Lula da Silva (PT), candidato a vereador derrotado, terá o mesmo vencimento para atuar como diretor de Turismo.

Procurada, a Prefeitura de São Bernardo não quis se manifestar sobre o assunto.

 




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