Mais uma localidade européia entrou para a lista de Patrimônios da Humanidade. Com 1,5 mil habitantes e mais de 1,8 mil anos de idade, o Centro Medieval da pequena cidade alemã de Regensburg, situada às margens do rio Danúbio, na Baviera, tornou-se o 32º patrimônio cultural tombado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura). A decisão veio após uma reunião no município de Vilnius, em julho. E o título é mais do que merecido: ao contrário de monumentos como a Torre Eiffel, em Paris, ou o Cristo Redentor carioca, Regensburg não recebeu a honraria apenas por uma construção específica, e sim por todo o seu conjunto histórico, formado por mais de 1,4 mil casas seculares, igrejas que transformaram a região em referência do Sagrado Império Romano, torres medievais e outros monumentos erguidos muito antes de o Brasil existir, como a Velha Ponte do século XII, considerada a segunda mais velha da Alemanha, com 300 m de comprimento e 15 arcos de pedra.

Apesar das infinidades de atrações históricas, a cidade vinha batalhando pela nomeação há 17 anos, quando iniciou uma série de esforços para a conservação e proteção de seu patrimônio. Em meados de 1950, Regensburg tornou-se a primeira cidade alemã a promover reformas, saneamento e obras de restauração do seu Centro Histórico.

“Regensburg contém muitos edifícios de qualidade excepcional que comprovam a sua história como centro comercial e sua influência na região durante o século IX. A nomeação é muito importante para que os moradores e governantes respeitem e admirem ainda mais o pedaço de história que têm”, explica Adriana Martins, representante do Centro de Turismo Alemão para a América do Sul.

Fundada por romanos há quase 2 mil anos, a cidade serviu de abrigo a imperadores germânicos e nobres bávaros durante os séculos que sucederam o reinado de Carlos Magno. Também ganhou status de importante centro comercial a partir do século IX, quando mercadores fizeram da livre cidade imperial um dos mais prósperos pontos de comércio da Europa.

Hoje, a maior atração fica por conta do traçado arquitetônico de suas construções, exímias obras-primas do estilo romano e do gótico típico do Norte alpino, como o portal e catedral de Regensburg, considerada a única referência do gótico francês a Leste do rio Reno.

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