Se assim desejar, Waldomiro pode até viajar, inclusive para o exterior. Mesmo tendo confirmado que pediu propina para campanhas eleitorais e para ele próprio, o ex-assessor ainda não foi atingido por medidas restritivas da Justiça. Por enquanto, sofreu apenas a quebra de seu sigilo no período em que foi presidente da Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro). A lentidão nas investigações é criticada não só pela oposição ao governo no Congresso, mas também nos meios jurídicos.
Ex-procurador-geral da República, o advogado Aristides Junqueira critica a demora na condução do caso Waldomiro e diz que há tentativa de desviar o foco do ato de corrupção para a atuação de integrantes do Ministério Público Federal. “O que me parece é que estão desviando a atenção para outros assuntos, quando o principal, que é a corrupção, fica em segundo plano”, disse. “Fica-se discutindo se um procurador podia ou não fazer isso ou aquilo, querendo transformar o MP por inteiro em vilão, quando o vilão é o outro. Essa dispersão parece que faz retardar um pouco essa Justiça que já é lenta.”
Na opinião do advogado, Waldomiro já deveria ter sido denunciado à Justiça por corrupção.
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