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Diniz passa os dias circulando livremente pelo DF
08/04/2004 | 22:00
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Pivô do maior escândalo do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, divulgado em 13 de fevereiro pela revista Época, o ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil Waldomiro Diniz tem passado seus dias descontraidamente em Brasília. Demonstrando bom humor, Waldomiro já não se esconde mais dentro de casa, como fez nos primeiros dias que se seguiram à explosão da denúncia – ele foi flagrado em gravações cobrando propina e contribuições eleitorais do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Nesta quinta, ele saiu de seu apartamento, no Plano Piloto, em Brasília, tranqüilamente.

Se assim desejar, Waldomiro pode até viajar, inclusive para o exterior. Mesmo tendo confirmado que pediu propina para campanhas eleitorais e para ele próprio, o ex-assessor ainda não foi atingido por medidas restritivas da Justiça. Por enquanto, sofreu apenas a quebra de seu sigilo no período em que foi presidente da Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro). A lentidão nas investigações é criticada não só pela oposição ao governo no Congresso, mas também nos meios jurídicos.

Ex-procurador-geral da República, o advogado Aristides Junqueira critica a demora na condução do caso Waldomiro e diz que há tentativa de desviar o foco do ato de corrupção para a atuação de integrantes do Ministério Público Federal. “O que me parece é que estão desviando a atenção para outros assuntos, quando o principal, que é a corrupção, fica em segundo plano”, disse. “Fica-se discutindo se um procurador podia ou não fazer isso ou aquilo, querendo transformar o MP por inteiro em vilão, quando o vilão é o outro. Essa dispersão parece que faz retardar um pouco essa Justiça que já é lenta.”

Na opinião do advogado, Waldomiro já deveria ter sido denunciado à Justiça por corrupção.




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