Política Titulo Denúncia
São Caetano rescinde com empresa de elevadores após denúncia do Diário

Contrato foi assinado em abril do ano passado não estava sendo cumprido

Artur Rodrigues
22/03/2023 | 06:06
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Várias escolas estão com elevadores sem funcionar (Foto: Celso Luiz/DGABC)


Dois meses após o Diário denunciar a falta de manutenção nos elevadores da sede da Secretaria de Educação, no dia 22 de janeiro, a Prefeitura de São Caetano, comandada por José Auricchio Júnior (PSDB), rescindiu o contrato com a ALPR Elevadores, assinado em abril de 2022.

A rescisão foi publicada na edição de terça-feira (21) do Diário Oficial do Município. O vínculo assinado previa repasse de R$ 49,5 mil à empresa contratada, que seria responsável pela manutenção de elevadores em diversas secretarias. Além disso, 42% do total do contrato, ou R$ 21 mil, seriam destinados apenas para a manutenção de 14 elevadores em escolas municipais. No entanto, o Diário relatou denúncias de elevadores sem manutenção em diversas unidades de ensino do município. Reportagens realizadas entre janeiro e fevereiro mostraram diversos casos de descaso em relação ao conserto de elevadores, em episódios relatados por pais de alunos, funcionários da administração e vereadores.

“Desde o início do ano estamos cobrando medidas em relação aos problemas dos elevadores nos prédios públicos. Essa questão já deveria ter sido esclarecida e resolvida há muito tempo”, declarou o vereador Edison Parra (Podemos). Em meio às denúncias, a Prefeitura contratou, em 27 de fevereiro, a empresa Elevadores São Paulo, localizada no bairro Vila Moraes, na Capital, para realizar o serviço antes destinado à ALPR Elevadores.

Apesar da rescisão e da nova contratação, chama a atenção a quantidade de gasto promovida pela gestão tucana. A Prefeitura pretende pagar à nova contratada um total de R$ 294.336 por ano, mais de seis vezes o valor pago à ALPR. “A Prefeitura deveria explicar à população os motivos da substituição de um contrato de R$ 49 mil para outro de quase R$ 300 mil para a execução dos mesmos serviços. Por que o contrato da nova empresa possui valor seis vezes maior? Essa é a pergunta que precisa ser respondida. Este caso retrata bem a má-gestão deste governo”, questionou Parra.




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