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Bom uso do crédito depende de administração empresarial
Bárbara Ladeia
Do Diário do Grande ABC
10/05/2009 | 08:39
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Apesar de tanto lamentar a falta e o custo do crédito no mercado financeiro nacional, a maior dificuldade do empresariado nacional está na gestão dos valores captados, seja para reinvestimento como para capital de giro das micro e pequenas empresas. O pagamento dos juros sobre o montante emprestado pode não só prejudicar a empresa como levá-la à falência.

A necessidade de uma boa administração do crédito é constatadas na pesquisa ‘Taxa de Sobrevivência e Mortalidade das Micro e Pequenas Empresas 2007', feita pelo Sebrae.

O estudo mostra, que as principais causas que levaram 22% dos empresários entevistados a fechar suas portas com menos de dois anos de funcionamento concentram-se em falhas gerenciais, destacando-se: falta de conhecimento gerencial e desconhecimento do mercado, seguida de Causas Econômicas Conjunturais (68%).

Para o técnico na área de Acesso a Serviços Financeiros do Sebrae João Silvério, a falta de crédito não é de fato o único problema enfrentado pelo pequeno empresário e, sim, parte do problema. "Se as finanças da empresa estão em dia, o crédito virá como solução. Mas caso as contas da empresa estejam atrasadas, o crédito pode representar a gota d'água para quebrar a empresa", alerta.

Marco Aurelio Vallim, professor de Finanças da Trevisan Escola de Negócios, lembra a importância do planejamento, principalmente quando as empresas decidem lançar mão do crédito como forma de complementação de seus recursos. "O crédito é a útima saída que o empresariado deve usar para se capitalizar", explica o professor.

O momento também não é dos mais adequados para qualquer tipo de investimento em expansão. "Esqueça esses tipos de projetos agora", define. No entanto, para aqueles que não têm outra opção, a melhor opção é o crédito para capital de giro, que tem juros menores. "A pior saída é utilizar cheque especial ou comprar material com cartões de crédito, porque os juros desse tipo de crédito são os piores de todos", ressalta Vallim.

Para a micro e pequena empresa, mais dependente de captação de crédito no sistema financeiro para a manutenção do capital de giro, o professor aconselha planejamento de gastos. "Funciona como as contas de uma casa. Se tiver controle de tudo que se gasta, não entra em dívida", afirma. "Tem segmentos que dependem muito mais de crédito que outros. É importante ficar de olho da geração de caisa.Quanto maior a geração de caixa, maior a facilidade de honrar todos os compromissos assumidos". (com Agencia Sebrae)




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