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PDT decide fechar apoio a João Avamileno
Juliana de Sordi Gattone
Do Diário do Grande ABC
04/12/2004 | 13:13
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As amarrações políticas para garantir a governabilidade do prefeito reeleito de Santo André, João Avamileno (PT), começam a dar resultados. Semanas após o anúncio da formação do Grupo dos 12 - integrado por parlamantares que pretendem fazer oposição -, dois vereadores já abandonaram o barco: Aidan Ravin e Carlos Ferreira, ambos do PDT. Com a adesão, Avamileno passará a ter maioria na Câmara, com 11 parlamentares (dois do PMDB, dois do PDT, seis do PT e, por enquanto, um do PV). Mesmo assim, o número ainda não apresenta segurança, já que alguns projetos precisam da aprovação de dois terços dos vereadores, ou seja, 14 dos 21.

O presidente do PDT em Santo André e deputado estadual, José Dilson, afirmou que os vereadores ficarão alinhados com a decisão do partido, que é de garantir governabilidade ao prefeito. No segundo turno, Dilson apoiou Avamileno, embora os vereadores tenham ficado ao lado do ex-prefeito Newton Brandão (PSDB).

Mas a sustentação dependerá, segundo o deputado, das negociações com a Prefeitura. Ele garante que o partido quer participar efetivamente da administração petista. "Queremos saber como vamos participar das propostas de governo, se irão nos consultar."

Procurados pela reportagem, os vereadores pedetistas não retornaram as ligações. Enquanto o PDT passa para o lado da situação, o PV dá mostras de que pode seguir para a oposição. A bancada na Câmara, representada por Carlos Raposo e Donisete Pereira, esteve rachada no mandato que termina no próximo dia 31 porque o primeiro fazia oposição, enquanto o segundo estava do lado do prefeito. No entanto, a história pode mudar.

Questionado sobre a postura no próximo mandato, Pereira mudou o discurso que usou há poucas semanas, quando disse que estaria na base de apoio de Avamileno. Agora ele já não garante dar sustentação ao prefeito petista a partir de janeiro. "Tenho dito ao Raposo que seria bom ficarmos unidos."

Donisete Pereira apoiou o prefeito petista durante a campanha, mas disse que "eleição é uma coisa e os quatro anos de governo são outra". Pereira afirmou não saber o que esperar de Avamileno. "Não quero decidir uma coisa agora e mudar depois. Não quero fazer jogo de cena."

Raposo mudou um pouco a versão de Pereira e afirmou que o PV está desmotivado a fazer qualquer tipo de acordo com o PT. Segundo o vereador, os petistas descumpriram as promessas de campanha - de fornecimento de material - e as pós-eleição, que, segundo ele, seria participação no governo. "A executiva acha que o PT não quer o PV na bancada."

Procurado pelo Diário, o secretário de Governo, Mário Maurici, comunicou que a Prefeitura ainda está avaliando possibilidades antes de fechar com os partidos aliados.




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