O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, criticou, em comunicado divulgado nesta quarta-feira, a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de elevar a Selic, taxa básica de juros da economia, em 0,5 ponto percentual, para 18,25% ao ano. "Mais uma vez, o governo abre mão da decisão correta, para insistir na mesmice dos juros", afirmou a nota, acrescentando que "os sucessivos aumentos da taxa em 2004 começarão a produzir efeitos negativos mais fortes no setor produtivo a partir deste ano".

"As conseqüências práticas das decisões do Copom vão, paulatinamente, sendo percebidas pelos empresários, na busca de financiamentos, e pelos consumidores, no ato de obtenção de crédito. Sem falar de que a alta de juros atrai apenas capitais especulativos para o país, causando a queda do dólar e prejudicando nossas exportações", disse Skaf.

Para a Fiesp, o Copom "perdeu excelente oportunidade de estimular a economia e renovar o ânimo de quem produz e trabalha no sentido de fazer de 2005 um ano bom para a economia".