O dólar, que atingiu R$ 4 em 10 de outubro, recuou com força nas últimas semanas, oscilando entre R$ 3,50 e R$ 3,65. O discurso moderado de integrantes do PT acalmou o mercado, abrindo espaço para a volta do dinheiro especulativo, que vem ao país para aproveitar a diferença entre os juros internos e externos. O êxito do BC na rolagem mais recente de papéis cambiais deveu-se em boa parte à entrada desse capital de risco.
Nesta segunda-feira, a autoridade monetária vai ofertar 19,1 mil contratos cambiais, com três vencimentos diferentes, para rolar os US$ 2,3 bilhões de papéis que vencem no dia 2. Se o BC conseguir substituir a maior parte desses títulos, a pressão sobre o câmbio deve ser menor. Até agora o dólar não conseguiu romper a linha de R$ 3,50. Para alguns analistas, o dólar só cairá consistentemente abaixo desse nível depois da divulgação dos nomes da equipe econômica do futuro governo – e, claro, se esses nomes agradarem ao mercado.
Nesta semana, serão divulgados três índices de inflação. Na terça-feira é a vez do IPCA-15, do IBGE. Na quarta-feira, sai a terceira prévia do IPC da Fipe e, na quinta-feira, a FGV vai divulgar o IGP-M de novembro.
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