Durante um seminário patrocinado pela ONU sobre os recursos iniciados por vítimas de discriminaçoes raciais, o professor da universidade da Basiléia, David Rosenthal disse que é partidário de uma cooperaçao intensa entre os países para lutar contra a propagaçao do racismo na rede por todos os meios jurídicos e técnicos possíveis.

``Já foram dispendidos muitos esforços para combater esta utilizaçao abusiva da Internet, mas por enquanto só há resultados parcialmente frutíferos', sublinhou Rosenthal.

Outro especialista, o americano Mark Potok, disse que a Internet desempenhou um papel ``terrivelmente importante' na aproximaçao de grupos extremistas europeus e americanos, uma vez que estes últimos se sentiam antes muito marginalizados.

Um informe de março de 99 nos Estados Unidos verificou que em 95, existia uma só página de encorajamento ao ódio racial na rede. No fim de 97 eram 600, em março de 99, mil e 426 e segundo Rosenthal, o número passou para dois mile 100 em julho seguinte.

A Internet é um ``instrumento sedutor' para a propaganda racista, primeiro porque é barato, tem ampla audiência e também há a garantia de impunidade em certos países como os Estados Unidos, disse o especialista suíço.

Em nome do direito de liberdade de expressao garantido pela primeira emenda da Constituiçao, os Estados Unidos consideram a proibiçao de certos grupos contrária a umdos princípios fundamentais da Democracia.

Os ``Estados Unidos viraram uma espécie de refúgio para os racistas que divulgam mensagens para o mundo inteiro' disse Rosenthal.

Nos países que adotaram leis anti-racistas, as autoridades têm os meios para fechar as páginas racistas no servidor de um provedor nacional.

O seminário de especialistas aconteceu para preparar a Conferência mundial sobre racismo que acontecerá em 2001 na Africa do Sul.