``As mulheres de Verde, chegaram de ônibus e forçaram a pé um primeiro bloqueio do exército antes de se dirigir ao segundo controle próximo da tumba. As manifestantes protestaram sentando em frente ao local, cercadas por 150 policiais israelenses que bloqueiam o acesso à tumba. Duas delas foram detidas pela polícia por ter tentado entrar no prédio, informaram fontes policiais.

Os militantes retiraram a força 15 fiéis, que tinha entrado antes no prédio para rezar pelo aniversário de Raquel, personagem bíblico apontada como ``mae do povo judeu'.

Manifestantes palestinos e militares israelenses se enfrentam diariamente em torno desta tumba. A área foi declarada ``zona militar fechada', por temor dos atentados ou disparos dos palestinos.

``Tomamos a decisao de fechar a gruta com base na informaçao de fontes precisas de que há projetos de atentados contra fiéis desarmados', afirmou à rádio pública o vice-ministro de Defesa israelense, Efraim Sneh.

Os cinco deputados do Partido Nacional Religioso, opositor e porta-voz dos colonos, anunciaram num comunicado sua intençao de ir à Tumba de Raquel, apesar da proibiçao.

Na quarta-feira, o balanço de vítimas foi um dos mais graves desde o início dos confrontos, com oito mortos. Cinco palestinos foram assassinados no mesmo dia e outros dois morreram devido a ferimentos anteriores.

Neste mesmo dia, uma israelense foi alvo de tiros de palestinos em Rafá (Sul da Faixa de Gaza), nas proximidades da fronteira egípcia. Os enterros dos palestinos devem acontecer nesta quinta-feira.

Um porta-voz militar afirmou que os palestinos atiraram contra as colônias judias de Psagot e Kadin, no setor de Hebrón, onde vivem 400 colonos israelenses, assim como em Gush Katif, grupo de assentamentos situados na Faixa de Gaza.