Além das críticas ao protecionismo, Fernando Henrique afirmou que a luta contra o terrorismo exige uma ação imediata, mas que vai depender de ações do serviço de inteligência para conseguir liquidá-lo. “É preciso lutar contra o terrorismo, mas também é necessário encontrar as causas profundas da desigualdade”, assegurou o presidente

FHC foi recebido com todas as honras na Assembléia, onde ele também defendeu uma nova ordem internacional "que seja reflexo do entendimento entre nações realmente livres". "Lutemos por uma nova ordem mundial que seja o reflexo do entendimento entre as nações realmente livres, e não simples predomínio de alguns Estados sobre outros, de alguns mercados sobre outros", declarou o presidente, o décimo chefe de Estado a falar diante da Assembléia francesa.

Ao citar os atentados dos EUA, o presidente, que discursou em francês -viveu vários anos na França, onde ensinou sociologia na Universidade de Nanterre (cidade visinha a Paris), em 1968, declarou que, assim como os dirigentes franceses, se opõe "ao discurso de choque de civilizações". "Países como França e Brasil estão habilitados a iniciar a criação de uma nova ordem internacional mais protegida do dogmatismo e da exclusão", afirmou.