Dizem que algumas vitórias transformam meninos em homens. A conquista da Copa São Paulo pelo Santo André, em 25 de janeiro de 2003, foi uma dessas batalhas épicas. No Estádio do Pacaembu lotado, a garotada do Ramalhão empatou com o Palmeiras por 2 a 2 no tempo normal, e venceu por 5 a 3 nas cobranças de pênaltis. Calando a torcida adversária e erguendo a taça que até então era a mais importante da história ramalhina. Superada apenas pela Copa do Brasil, erguida um ano depois, com vitória sobre o Flamengo no Maracanã.

A final da 34ª edição da Copinha começou dramática para o Santo André. Aos 45 minutos do primeiro tempo, Fábio abriu o marcador para o Verdão. Aos 23 do segundo, Wagner (que depois ganharia o ‘sobrenome’ Love) fez o segundo. A situação começou a mudar aos 29, quando Tássio diminuiu. O jogo caminhava para o final e a torcida palmeirense já comemorava, quando, aos 45 minutos, o goleiro Deola derrubou Nunes na área. Denni bateu o pênalti e empatou. 

Entretanto, até a comemoração foi tensa. Enquanto os jogadores do Ramalhão recebiam a taça no centro do gramado, a torcida do Palmeiras se revoltou com a derrota, pois o Alviverde nunca havia ganhado a Copinha (só veio a vencer em 2022), e tentou invadir o campo. No tumulto, atletas tiveram de correr para os vestiários e vários policiais acabaram feridos pelos vândalos.

Um dos destaques da partida, o atacante Nunes teve de sair cedo da festa. Foi trazido para o Bruno Daniel, onde ocorreria a abertura do Campeonato Paulista com a partida entre Santo André e o campeão brasileiro Santos, que tinha Diego e Robinho. Chegou em cima da hora, entrou em campo e fez o gol da vitória do Ramalhão.

Ramalhinho eliminou grandes times do futebol brasileiro