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Sem acessibilidade, Educação dificulta atendimento de pessoas com deficiência

Elevador quebrado e rampa sem acesso são alguns dos problemas, denuncia professora

Thainá Lana
Do Diário do Grande ABC
10/01/2023 | 09:26
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Família com bebê de quatro meses enfrentou falta de acesso ao prédio de educação da cidade (FOTO: Claudinei Plaza/DGABC)

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Pessoas com deficiência, com mobilidade reduzida ou pais com crianças de colo não conseguem acessar ao prédio da Seduc (Secretaria Municipal de Educação) de São Caetano, devido à falta de acessibilidade no local. 

O espaço, localizado na Avenida Goiás, não disponibiliza rampa de acesso ou elevador em funcionamento para que os usuários possam chegar ao subsolo – local onde é realizado o atendimento à população sobre questões de ensino da cidade e também aos servidores caso precisem tomar ciência de documentos ou resolver assuntos administrativos.

Na segunda-feira (9), a equipe do Diário esteve no endereço para averiguar a denúncia realizada por professores da rede de ensino. No local, foi constatado que o único elevador que dá acesso ao subsolo não estava funcionando e também não havia nenhuma placa de sinalização informando sobre o ocorrido. Além disso, não há botão pelo lado de fora para acionar o elevador. 

Funcionárias da Seduc informaram que não há previsão para consertar o equipamento e que, caso necessário, o atendimento à pessoa com mobilidade reduzida é realizado na ponta da escada (na calçada do prédio). “A rampa existente no prédio não dá acesso à entrada do subsolo, onde é realizado o atendimento. Tenho problemas no joelho e por recomendação médica não posso subir ou descer escadas, e toda vez que vou à Seduc sou atendida na escada. Nunca vi o elevador funcionar. A cidade que tem o maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do País não possibilita o direito de ir e vir das pessoas”. O desabafo é de uma professora da rede municipal de São Caetano, que prefere não ser identificada por medo de represálias. 

“Fui até o local, inclusive, para denunciar falta de acessibilidade na escola em que trabalho e pedir transferência, e me deparei com essa situação. Sempre formalizo no documento que assino que o elevador está quebrado e que sou atendida na calçada”, denuncia a docente.

Moradora de São Caetano, Letícia Gabriella Batista da Silva, 25 anos, foi nessa segunda-feira (9) à Seduc para fazer a matrícula da sua filha de quatro meses na educação infantil da cidade.

A jovem precisou da ajuda da sua mãe, que foi acompanhá-la, para poder carregar por dois lances de escadas, o carrinho em que levava a bebê.

“Tudo nesse prédio não faz sentido. O atendimento fica na parte inferior do espaço e não tem acesso. Se minha mãe não estivesse comigo não conseguiria descer sozinha. É contraditório um prédio onde abriga a secretária de educação estar nessas condições”, diz Silva. 

Questionada sobre quando o elevador será consertado e quais medidas serão adotadas para garantir a acessibilidade no local, a Prefeitura de São Caetano não respondeu aos questionamentos do Diário.




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