Centenas de milhares de pessoas estao desabrigadas e muitas passam fome depois do rastro devastador deixado pela passagem do ciclone Eline no começo da semana.
O ciclone veio do Oceano Indico e varreu Moçambique na terça-feira, causando chuvas torrenciais e inundando vastas áreas. Em seguida, apesar de mais fraco, o ciclone atravessou Zimbábue e Botswana, levando chuvas fortes e inundando as províncias do Norte da Africa do Sul. Em Moçambique o balanço de mortos subiu para 124 e milhares de pessoas estao desabrigadas porque perderam suas casas nas inundaçoes.
A chuva forte continuou sábado em várias partes do Sul de Moçambique desatando novas operaçoes de resgates. Vários helicópteros trabalham sem parara mas o número de vítimas é maior que a capacidade dos socorristas.
Um helicóptero com ajuda humanitária das Naçoes Unidas pousou sábado em Palmeiras a 75 quilômetros ao norte de Maputo por causa da chuva forte. Estes países sofrem também com a ameaça da malária e da cólera, exacerbada pelas enchentes. ``Malária é o maior problema aqui com cerca de 15 casos por dia,' disse o oficial da Cruz Vermelha Marcelino Salvador para a AFP num centro de refugiados nas aforas de Maputo.
Ele disse que a Cólera, que deixou dez mortos na cidade portuária de Beira, ainda nao afetou esta regiao. Moçambique lançou um apelo por US$ 65 milhoes em ajuda humanitária para reconstruir o país, onde 800 mil pessoas foram afetadas pelos desastres. No Zimbábue, os serviços de socorro deram conta de mais 29 mortes, sem poderem precisar os números de desabrigados e enfermos.
Cerca de 250 mil pessoas estariam desabrigadas além das plantaçoes devastadas, disse o governador da província mais afetada do país, John Nkomo. O presidente Robert Mugabe declarou estado de calamidade em três províncias no leste e no sul do país. Muitos sobreviventes permanecem nos telhados das casas, ainda nao cobertos pela água, esperando por resgate de helicópteros ou barcos.
Em Botswana, uma pessoa foi morta e mais de duas mil ficaram desabrigadas nas chuvas da última semana que com o ciclone Eline, mataram mais oito pessoas e deixaram 60 mil desabrigadas.
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