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Enchentes causam morte de 250 na Africa do Sul
Do Diário do Grande ABC
26/02/2000 | 17:38
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O saldo provisório de mortos na pior temporada de enchentes dos últimos 50 anos na regiao Sul do continente africano subiu sábado para 250, enquanto os resgates continuam prejudicados pela chuva forte.

Centenas de milhares de pessoas estao desabrigadas e muitas passam fome depois do rastro devastador deixado pela passagem do ciclone Eline no começo da semana.

O ciclone veio do Oceano Indico e varreu Moçambique na terça-feira, causando chuvas torrenciais e inundando vastas áreas. Em seguida, apesar de mais fraco, o ciclone atravessou Zimbábue e Botswana, levando chuvas fortes e inundando as províncias do Norte da Africa do Sul. Em Moçambique o balanço de mortos subiu para 124 e milhares de pessoas estao desabrigadas porque perderam suas casas nas inundaçoes.

A chuva forte continuou sábado em várias partes do Sul de Moçambique desatando novas operaçoes de resgates. Vários helicópteros trabalham sem parara mas o número de vítimas é maior que a capacidade dos socorristas.

Um helicóptero com ajuda humanitária das Naçoes Unidas pousou sábado em Palmeiras a 75 quilômetros ao norte de Maputo por causa da chuva forte. Estes países sofrem também com a ameaça da malária e da cólera, exacerbada pelas enchentes. ``Malária é o maior problema aqui com cerca de 15 casos por dia,' disse o oficial da Cruz Vermelha Marcelino Salvador para a AFP num centro de refugiados nas aforas de Maputo.

Ele disse que a Cólera, que deixou dez mortos na cidade portuária de Beira, ainda nao afetou esta regiao. Moçambique lançou um apelo por US$ 65 milhoes em ajuda humanitária para reconstruir o país, onde 800 mil pessoas foram afetadas pelos desastres. No Zimbábue, os serviços de socorro deram conta de mais 29 mortes, sem poderem precisar os números de desabrigados e enfermos.

Cerca de 250 mil pessoas estariam desabrigadas além das plantaçoes devastadas, disse o governador da província mais afetada do país, John Nkomo. O presidente Robert Mugabe declarou estado de calamidade em três províncias no leste e no sul do país. Muitos sobreviventes permanecem nos telhados das casas, ainda nao cobertos pela água, esperando por resgate de helicópteros ou barcos.

Em Botswana, uma pessoa foi morta e mais de duas mil ficaram desabrigadas nas chuvas da última semana que com o ciclone Eline, mataram mais oito pessoas e deixaram 60 mil desabrigadas.




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