O presidente do sindicato, Francisco Anastácio dos Santos, disse que serão ações individuais impetradas na Justiça do Trabalho a partir da semana que vem. Segundo ele, dos 108 servidores públicos demitidos por Filippi, 40 tinham problemas de saúde. “A legislação no país não permite exoneração nesses casos. Os funcionários adquiriram doenças profissionais e, por isso, precisam ser reintegrados aos quadros da Prefeitura”, disse Anastácio.

Ele afirmou que o sindicato contratou um médico para fazer os laudos. O sindicalista disse que entre os problemas estão tendinite, dor na coluna, alergias e queimaduras. “Esperamos que o prefeito tenha bom senso e reveja as demissões”, disse.

A advogada do Sindicato, Wilcinete Dias da Silva, disse que a perícia feita pela Prefeitura no ato da demissão “é superficial”. “Por isso contratamos um médico”, afirmou.

Segundo ela, com as ações que serão impetradas na Justiça do Trabalho, um juiz deverá nomear um outro perito para avaliar com isenção quem está com a razão: o sindicato ou a Prefeitura.

Reclamação – Celso de Souza Lana, 45 anos, demitido em 22 de junho, disse que tem problemas de saúde. Ele afirmou que, além de uma dor no peito, freqüentemente aparecem manchas roxas no seu braço. “Trabalhei 14 anos como borracheiro na Prefeitura e não tinha a doença. Quero voltar a trabalhar”, disse o ex-servidore.

Ele afirmou que na idade em que está dificilmente conseguirá um outro emprego. “Até os mais jovens não conseguem emprego, ainda mais quem já tem uma certa idade, como eu”, disse.

A administração do prefeito Filippi foi procurada, mas a assessoria de imprensa afirmou que a Prefeitura não vai se posicionar sobre as ações que o sindicato irá mover.