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Polonesa processa Volkswagen por genocídio
Do Diário do Grande ABC
05/05/1999 | 17:41
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Uma mulher polonesa de 78 anos iniciou nesta quarta uma açao coletiva nos Estados Unidos contra Volkswagen, acusando a empresa alema de responsável pela morte de seu filho e mais 400 crianças que foram despojadas de suas maes, que faziam trabalhos forçados durante a Segunda Guerra mundial.

Anna Snopczyk alega que os bebês, filhos de maes polonesas e russas forçadas a trabalhar na fábrica de automóveis Volkswagen e em fazendas vizinhas a essa empresa entre l943 e l945, morreram por negligência e maus tratos.

Em setembro passado a Volkswagen estabeleceu um fundo humanitário de mais de 10 milhoes de dólares para dar ajuda financeira individual aos seus ex-trabalhadores escravos.

O advogado Michael Hausfeld disse que o caso dos bebês é diferente. ``Isto nao é trabalho forçado. Isto é genocídio'.

Hausfeld, associado do escritório Cohen, Milstein, Hausfeld e Toll, apresentou a açao a um tribunal do distrito em Milwaukee, Wisconsin, em nome de centenas de mulheres, a maioria das quais tem agora mais de 70 anos.

Apesar de Anna Snopczyk viver na Polônia, a açao foi apresentada em Wisconsin (Estados Unidos), que conta com uma numerosa comunidade de origem polonesa, ``porque é uma populaçao sensível a este caso e possibilita uma rápida' decisao, disse Lyn Rahilly, outro advogado.

Hausfeld, que nao revelou o montante da açao, foi um dos advogados que participou no recente processo contra os bancos suíços que terminou com uma soluçao pela qual os bancos se comprometeram a pagar 1,25 bilhao de dólares aos sobreviventes e parentes das vítimas do holocausto.




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