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Importação de gás natural deverá dobrar até 2010, prevê Petrobras
Da Agência Brasil
24/04/2006 | 21:00
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O crescimento expressivo do consumo de gás natural no Brasil levará o país a aumentar sua importação do produto, prevê Sidney Granja Affonso, gerente-geral da área de Gás e Energia da Petrobras. Segundo ele, o volume deve aumentar dos 26 milhões de metros cúbicos importados atualmente da Bolívia para 45 milhões de metros cúbicos diário.

Como contratos da Petrobras junto ao governo boliviano garantem o fornecimento de 30 milhões de metros cúbicos por dia até 2019, a Petrobras ainda precisa viabilizar a importação de outros 15 milhões diários de metros cúbicos para atender a demanda interna pelo gás.

"A perspectiva da companhia é de que projetos em desenvolvimento na Bacia de Santos, onde foram descobertas recentemente as maiores reservas do país aumentem a nossa capacidade interna de produção de gás e elevem a nossa possibilidade de atendimento ao mercado interno para 69,6% da demanda", disse, em conversa com jornalistas na Câmara de Comércio Americana, na Associação Comercial do Rio de Janeiro.

Para dar continuidade ao processo de aumento da oferta de gás natural, a Petrobras anunciou investimentos da ordem de US$ 16 bilhões até 2010, que vão ampliar a oferta de gás natural no país para 100 milhões de metros cúbicos por dia – incluídos os números relativos à importação do produto. Do total a ser investido, US$ 5,2 bilhões serão em gasodutos, objetivando a ampliação da infra-estrutura de transporte do gás.

Recentemente, o diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, destacou, entre as medidas a serem tomadas, para reduzir esta dependência do produto importado, investimento de US$ 10 bilhões a US$ 12 bilhões nos próximos anos.

Na Associação Comercial, o diretor geral Sidney Affonso, que representava o diretor Ildo Sauer, confirmou ainda a importância das reservas gigantes de gás natural anunciadas na bacia de Santos. Estudos sísmicos e geológicos que recebemos recentemente confirmaram a estimativa inicial da existência na bacia de Santos, de mais de 400 bilhões de metros cúbicos de gás. A bacia ainda tem muito que ser explorada e pode haver novidades na região. O Brasil, no entanto, ainda continuará sendo dependente do gás importado por um horizonte de tempo significativo", afirmou.




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