Em menos de duas semanas, Netanyahu conseguiu superar a maioria das divisoes de seu partido de direita, o Likud. Aparentemente seus ataques contra os trabalhistas de Barak - acusado de fragilidade frente aos palestinos e de querer ``dividir' Jerusalém - surtiram efeito.

Por outro lado, uma série de medidas sociais às quais o governo se opôs no passado satisfizeram as camadas mais populares, que tradicionalmente apóiam a direita.

``Netanyahu começou bem, mas a linha de chegada ainda está longe', avalia o jornal Yediot Aharonot. Em seu próprio partido, Netanyahu já nao tem adversário e o ministro da Defesa Yitzhak Mordehai parece ter desistido de desertar, segundo fontes políticas.

Segundo duas pesquisas de intençao de voto publicadas nesta sexta, Barak e Netanyahu se encontram empatados, enquanto que o primeiro-ministro tinha entre cinco e 10 pontos menos nas últimas semanas.

Netanyahu e Barak obtém 43% das intençoes de voto cada um, com 14% de indecisos, no segundo turno das eleiçoes para primeiro-ministro, convocada para 1º de junho, segundo pesquisa publicada pelo jornal Yediot Aharonot.

De acordo com uma segunda pesquisa publicada pelo jornal Maariv, Netanyahu obteria 46% dos votos e Barak 47%, com 7% de indecisos.

O desempenho do primeiro-ministro preocupa muito os trabalhistas porque, nas eleiçoes anteriores, a esquerda ganhava da direita nas pesquisas e apenas no último momento o voto dos indecisos fez pender a balança para a direita.

A chegada de um centrista de fora, o ex-chefe do Estado Maior Amnon Lipkin Shahak nao ameaça no momento as possibilidades de Netanyahu ser reeleito, já que ele corre o risco de ser eliminado no primeiro turno.

Segundo as pesquisas de hoje, Lipkin Shahak só obteria no primeiro turno 16% dos votos, frente aos 32% de Barak e 38% de Netanyahu.

As eleiçoes foram antecipadas um ano e meio depois que Netanyahu perdeu sua maioria no parlamento, no mês passado.