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Sindicato de Mauá apela para DRT
Gislayne Jacinto
Do Diário do Grande ABC
16/06/2003 | 23:12
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O Sindicato dos Servidores Públicos de Mauá entrou segunda-feira com um pedido na DRT (Delegacia Regional do Trabalho) solicitando uma mesa redonda com a administração do prefeito Oswaldo Dias (PT) para discutir reposição salarial. O sindicato quer forçar o governo a apresentar uma contra-proposta. A categoria está em greve desde quarta-feira passada e Dias ainda não abriu um canal de negociação. “Protocolamos um pedido na DRT porque hoje estamos em uma situação de conflito. A administração não se empenhou em resolver o problema até agora”, disse o diretor de imprensa do sindicato, Carlos Wilson Tomaz.

Para o sindicalista, o desgaste acontece de ambas as partes. “O confronto é ruim para todos. É necessário que haja diálogo”, afirmou. Tomaz disse que existem leis municipais e federais que garantem a reposição salarial todo ano, entre elas a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) e a Constituição Federal. A categoria diz que as perdas nos últimos seis anos e meio atingem 63%.

A servidora da área da Saúde Maria Cristina de Oliveira acredita que a categoria precisa se manter unida nesta greve. “Não podemos voltar atrás, pois caso contrário sairemos demoralizados. Retrocederemos sem vitória”, disse. Na última sexta-feira, o prefeito disse à bancada de vereadores do PT que seu governo não negociará com servidores em greve.

O sindicato afirma que mais de 1,5 mil estão em greve e a Prefeitura diz que são 515. A assessoria de imprensa do prefeito disse segunda-feira que os serviços não foram prejudicados e novamente se recusou a se posicionar sobre a greve. Segunda-feira, os grevistas distribuíram 100 mil cartas abertas à população.

Como a paralisação atinge os serviços da Câmara, nem mesmo os vereadores sabem se nesta terça-feira será realizada a sessão, às 14h. A ordem do dia até segunda-feira não havia sido elaborada.

O líder do PT, Hélcio Antonio da Silva, considera o fato “um absurdo”. “O Legislativo é um poder independente do Executivo e tem autonomia para dar aumento. Eu não entendo o motivo da greve na Câmara”, disse o petista. Para ele, basta a Mesa Diretora decidir pelo reajuste salarial que ele é concedido.

O vereador Francisco Carvalho Filho, o Chico do Judô (PPS), disse que durante o horário da sessão desta terça-feira será possível os vereadores se reunirem para discutir a greve e fazer encaminhamentos.




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