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Papa condena eutanásia e 'crueldade terapêutica'
Da AFP
12/11/2004 | 17:22
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O papa João Paulo II condenou a eutanásia como um "drama ético" e defendeu "o repúdio à crueldade terapêutica". O discurso foi feito nesta sexta-feira, quando o para recebeu os assistentes de uma conferência internacional sobre as terapias de alívio.

A eutanásia está entre "os dramas causados por uma ética que pretende estabelecer quem pode viver e quem deve morrer", disse aos participantes a conferência organizada pelo Conselho Pontifício para a pastoral da saúde. "O repúdio à crueldade terapêutica é expressão do respeito que a cada instante se deve dar ao paciente", acrescentou.

O Papa não só rejeitou a eutanásia e os excessos terapêuticos para aliviar o sofrimento dos doentes, especialmente aqueles na fase terminal. "O sofrimento, a velhice, o estado de inconsciência, a morte iminente não devem diminuir a intrínseca dignidade da pessoa, criada à imagem de Deus", acrescentou.

"A eutanásia, ao invés de resgatar a pessoa do sofrimento, a elimina", disse, após destacar que a compaixão, "quando não enfrenta o sofrimento e acompanha quem sofre, conduz ao cancelamento da vida para afastar a dor, mudando o estatuto ético da ciência médica", finalizou.




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