Nacional Titulo
CNTBIO libera dois transgênicos
Do Diário do Grande ABC
15/10/2000 | 23:41
Compartilhar notícia


A Comissao Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio), ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, liberou dois produtos transgênicos - um tipo de soja para consumo humano e a importaçao de milho para raçao animal -, após ter dado mais de 40 pareceres desfavoráveis a experimentos com alimentos geneticamente modificados.

A presidente da CNTBio, Leila Oda, em entrevista à Radiobrás, explica a aparente contradiçao afirmando que, "no caso do milho geneticamente modificado, foi dado um parecer desfavorável para o consumo humano devido às exigências da CNTBio, de outros testes, que na ocasiao, ainda nao estavam concluídos".

Observou, porém, que a liberaçao da importaçao desse produto para alimentaçao animal foi possível após a constataçao de que nao existe a possibilidade de transferência de qualquer efeito do animal para o homem. "Isto quer dizer que: comer a carne do frango que consome raçao com este milho nao oferece risco algum para a saúde humana", acredita Leila Oda.

A técnica acrescentou que o trabalho da comissao é baseado na Lei de Biossegurança que "nos auxilia a separar o joio do trigo".

Ela explicou que a CNTBio é composta de 36 membros, dos quais 20 sao representantes da comunidade científica. "Sao pesquisadores do mais alto nível que temos no país". Essas pessoas fazem o trabalho de avaliaçao de cada Organismo Geneticamente Modificado (OGM) para verificar se existe algum risco para a saúde humana ou para o meio-ambiente.

O único alimento para consumo humano liberado até agora foi a soja com um gen de tolerância a um herbicida. Segundo Leila Oda, essa espécie de soja já vem sendo usada há mais de cinco anos em vários países, como a Argentina, Canadá, EUA e China.

Informou ainda que a China, especialmente, tem se utilizado das ONGs, os chamados transgênicos, em vários setores. Segundo Leila Oda, no ano passado, em cerca de duzentas províncias chinesas que plantaram um milhao de hectares de algodao geneticamente modificado, o uso de agrotóxicos foi oito vezes menor.

"Isso demonstra que se a tecnologia genética for bem aplicada, pode trazer benefícios reais para o homem e o meio ambiente e, dessa forma, contribuir para um desenvolvimento sustentável", aposta a presidente da CNTBio.

Informaçoes da Agência Brasil.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;