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Parque temático cristão em Orlando irrita judeus
Das Agências
05/02/2001 | 18:28
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Um polêmico parque temático cristão foi inaugurado nesta segunda-feira perto de Orlando, na Flórida, Sudeste dos EUA. Um pequeno grupo da comunidade judaica que atribui intenções "proselitistas" (convertido a uma doutrina) ao empreendimento protestou no local.

Numa área de 60 mil metros quadrados, entre o Universal Studios e o Walt Disney World, o parque The Holy Land Experience (HLE, Experiência na Terra Santa) pretende recriar Velho e Novo testamentos e a Paixão de Cristo em cenários que reproduzem Jerusalém.

Os integrantes da Jewish Defense League (JDL, sediada em Los Angeles) e outros integrantes de comunidades judaicas são contrários ao parque. Policiais de Orlando estiveram na porta mas não aconteceu qualquer incidente.

Antes da inauguração do HLE, o presidente da congregação de rabinos de Orlando, Daniel Wolpe, já tinha expressado temor de que o parque tivesse objetivos "proselitistas" a favor da fé cristã.

Segundo o criador e promotor do parque, Marvin Rosenthal, um "hebreu-cristão" (nova nomenclatura religiosa surgida nos Estados Unidos para designar um judeu que acredita em Jesus Cristo) o HLE é um "museu bíblico vivo". Uma reprodução de Jerusalém no século I, que inclui a Via Crucis e a réplica da Tumba de Jesus, além de cenas bíblicas ou espetáculos de luz e som. Rosenthal é presidente da Zion's Hope Inc, entidade evangélica cristã "sem fins lucrativos" e proprietária da área onde foi construído o HLE. O parque custou US$ 16 milhões.

Segundo o site de internet da JDL, "Rosenthal tenta atacar a fé judaica ao pretender que os judeus aceitem Jesus e continuem sendo judeus". A religião judaica não acredita em Jesus como o Messias ou o Redentor, idéia muito presente neste parque temático religioso.

O promotor do parque espera receber 180 mil visitantes em 2001 e, posteriormente, perto de 225 mil anuais, expectativa modesta se levado em conta que só o Magic Kingdom, um dos parques da Disney recebe anualmente 15 milhões de turistas.

Rosenthal disse na semana passada que o objetivo do parque não é ganhar dinheiro. Ele prometeu que se os resultados econômicos forem bons o preço da entrada poderá baixar. Atualmente o ingresso custa US$ 17 dólares, um terço do valor da entrada mais barata para os parques temáticos da Disney.




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