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Cotado a vice, Hélcio mira Câmara dos Deputados

Ex-secretário de Mauá é suplente da bancada do PT em Brasília

Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
03/06/2012 | 07:40
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Em meio ao imbróglio envolvendo a formação da chapa do PT à Prefeitura de Mauá, Hélcio Silva, favorito para compor como vice do deputado estadual Donisete Braga, tem feito contas para assumir mandato de deputado federal. O ex-secretário de Obras é o terceiro suplente da coligação firmada pelo PT em 2010, e está atento às movimentações eleitorais de correligionários, que podem alçá-lo ao Congresso.

A expectativa do PT é a de que ao menos dois de seus deputados federais por São Paulo vençam eleições a prefeito: João Paulo Cunha, em Osasco, e Carlinhos Almeida, em São José dos Campos. O primeiro, réu no processo do Mensalão, foi o mais votado da coligação em 2010, e será candidato à sucessão do companheiro Emidio de Souza. O segundo tentará se eleger no Vale do Paraíba pela terceira vez, credenciado pela votação expressiva em 2008, quando obteve 40% dos votos válidos.

Além disso, o primeiro suplente, José Genoino, também réu no Mensalão, mesmo que abra vaga na Câmara dos Deputados, dificilmente deixará o cargo de assessor especial do Ministério da Defesa. A segunda suplente, Iara Bernardi, é a pré-candidata do PT ao Paço de Sorocaba, e sua eleição no Interior deixaria o caminho ainda mais livre para Hélcio.

Não bastasse a favorável combinação de fatores, o ex-secretário ainda tem na manga a candidatura de Fernando Haddad em São Paulo, cuja eventual vitória faria o petista recorrer a representantes do partido na Câmara Federal para formar seu governo.

Foi exatamente a vitória do PT na Capital em 2000, com Marta Suplicy (que recorreu a congressistas para compor o governo), que fez Hélcio saltar da quinta suplência em Brasília para ser convocado, em janeiro de 2001, a assumir cadeira de deputado federal. À época, porém, o mauaense recusou a oferta, fazendo valer acordo local que o elegeu para a presidência da Câmara de Mauá.

"Para ser franco, me arrependo. Teria sido importante para a cidade e minha carreira política. Se tem uma coisa da qual me arrependo é não ter assumido", expõe Hélcio, considerando as facilidades à reeleição impostas com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República, em 2002. "Hoje não deixaria passar. Há uma possibilidade real, que me deixa muito otimista."

Caso vença a eleição como vice-prefeito e a combinação de fatores em Brasília se concretize, Hélcio já projeta, inclusive, dialogar com o prefeito Oswaldo Dias (que o projetou ao pleito de Mauá) para viabilizar a empreitada na Capital do País. O chefe do Executivo não considera a hipótese. "Isso está muito distante, outros precisam se eleger. É muito devaneio."

Reunião amanhã do diretório estadual do PT, do qual Hélcio faz parte, irá deliberar sobre a chapa do ex-secretário com Donisete Braga em Mauá.




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