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CBI: Japão reitera o desejo de ampliar caça às baleias
Da AFP
20/06/2005 | 18:05
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O Japão manifestou nesta segunda-feira, na inauguração da reunião anual da CBI (Comissão Baleeira Internacional), em um porto da Coréia do Sul, o desejo de não ceder em sua posição relacionada à caça às baleias, ao anunciar que dobrará as capturas "científicas".

A reunião mal tinha iniciado quando Tóquio colocou diante da comunidade internacional o fato consumado de um aumento no número de capturas. Tóquio não precisa do acordo da CBI para proceder a este aumento, permitido por um erro na moratória da caça comercial, em vigor deste 1986, que autoriza capturas com fins "científicos". Assim, o Japão limitou-se apenas a informar à CBI que pretende caçar 850 baleias Minke por ano na Antártica contra 440 atuais, e ampliar a captura de espécies consideradas ameaçadas: a rorqual comum e a baleia jubarte. No total, o número de cetáceos caçados pelo Japão aumentará em 1,3 mil.

A decisão japonesa foi considerada um "escândalo" pelo ministro australiano do Meio Ambiente, Ian Campbell, para quem ela causará um "conflito" entre os 66 integrantes da CBI: de um lado, os que querem aumentar a caça, do outro, os que desejam que ela seja definitivamente deixada para trás.

O Japão alega que a caça tem como objetivo "esclarecer o ecossistema baleeiro no oceano Atlântico, estabelecer um sistema de gestão dos recursos sobre várias espécies de baleias e melhorar a gestão da população das Minke".

Paralelamente à sua pesca "científica", o Japão encabeça a lista de países defensores da retomada da caça comercial, ao lado particularmente da Noruega e da Dinamarca. Estes países afirmam que a população de cetáceos, em ascensão desde a moratória, agora é estável o bastante para suportar o reinício da caça.

Os que são contrários à caça rejeitam estes argumentos e afirmam ainda que a retomada da caça traria dificuldades para a importante indústria turística existente na Austrália e na Nova Zelândia de observação das baleias em sua costa, segundo autoridades dos dois países.

A conferência, que se estenderá até sexta-feira, será uma oportunidade para defensores e críticos da caça de baleias medirem forças.




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