Política Titulo Reajustes
Carla Morando e Thiago Auricchio aprovam o próprio aumento salarial

Deputados estaduais reeleitos em outubro ajudam a formar a maioria pela aprovação do projeto de reajuste escalonado, que vale a partir de janeiro

Da Redação
Do Diário do Grande ABC
26/12/2022 | 00:01
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André Henriques/DGABC


Os deputados estaduais reeleitos Carla Morando (PSDB), com base eleitoral em São Bernardo, e Thiago Auricchio (PL), com domicílio eleitoral em São Caetano, votaram a favor do reajuste salarial para os próprios parlamentares. Durante a sessão da Assembleia Legislativa realizada na quarta-feira (21), os dois deputados disseram ‘sim’ ao projeto do deputado estadual Alex de Madureira (PL), que escalona o aumento a partir de 1º de janeiro de 2023, ou seja, ainda nesta legislatura, até 1º de fevereiro de 2025.

A partir do primeiro dia do ano, os parlamentares terão seus salários aumentados de R$ 25.322,25 para R$ 29.469,99. A partir de abril, já com o novo Parlamento eleito, ainda segundo a proposta que teve o aval de Carla e Thiago, o valor salta para R$ 31.238,19. A partir de 1º de fevereiro de 2024, os deputados vão passar a ganhar R$ 33.006,39 e, a partir de 1º de fevereiro de 2025, os proventos passam para R$ 34.774,64. Isso significa um reajuste de 37,3% entre o atual e o valor de 2025 (ou R$ 9.400 a mais). 

O projeto teve 49 votos favoráveis (incluindo os dois da região) e 10 contrários. Agora o texto segue para sanção do governador Rodrigo Garcia (PSDB).

No caso de Thiago, não foram todos os colegas do PL que votaram a favor do projeto, como ele. Gil Diniz e Valéria Bolsonaro votaram contra, e Tenente Coimbra ficou em osbtrução.

No PSDB de Carla Morando, nem todos votaram sim. Patrícia Gama votou não, e Cauê Macris, Damaris Moura e Marcos Zerbini ficaram em obstrução.

As informações constam no relatório de verificação da votação, solicitado por Ricardo Mellão (Novo), que votou contra. No Instagram, ele chamou a medida dos deputados de “escárnio”. “O cidadão paulista teve perda de renda durante os últimos anos e é ele quem vai pagar essa conta, que ficará mais cara”, disse Mellão.

Além de Patricia Gama, Gil Diniz, Valéria Bolsonaro e Ricardo Mellão, também votaram contra o projeto de aumento salarial os deputados estaduais Sérgio Victor (Novo), Professor HOC (Podemos), Janaina Paschoal (PRTB), Carlos Gianazzi (Psol), Erica Malunguinho (Psol) e Mônica da Mandata Ativista (Psol). 

Muito ativos nas redes sociais, com postagens sobre quase todos os assuntos ligados aos mandatos, nem Carla nem Thiago fizeram, nos últimos dias, qualquer menção ao aumento salarial para eles mesmos em alguma postagem. Não deram qualquer satisfação sobre o assunto aos seus eleitores. No site da Assembleia, Carla cita na área de atuação “corte de gastos públicos, corte de privilégios.”




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