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Silêncio é a arma de José Augusto
Leandro Baldini
Da Sucursal de Diadema
31/03/2008 | 07:33
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O pré-candidato a prefeito de Diadema pelo PSDB, deputado estadual José Augusto da Silva Ramos, garante que o silêncio é a arma dele no momento para a disputa das eleições municipais.

Adotando postura filosófica, o tucano citou importantes personagens das histórias de guerras, como um general do Vietnã, que “com cautela elaborou uma estratégia capaz de derrotar uma potência como os EUA” – durante as décadas de 1960 e 1970, os norte-americanos entraram em guerra com o Vietnã e foram derrotados.

“O momento é de guerra. De um lado, um grupo com muito dinheiro. De outro, eu, que na humildade trabalharei para trazer o melhor para Diadema. Será a disputa do milhão contra o tostão. Mas não me preocupo, qualquer que for o quadro eu enfrentarei. O PT tem muito dinheiro e gasta de forma desenfreada”, avaliou.

Cenário - Questionado sobre o atual momento na política da cidade, cujo PT, maior adversário, já possui alianças com alguns partidos, José Augusto mantém a tranqüilidade e diz que tudo ainda é prematuro. “Estamos distantes das eleições. Somente em junho que as adesões vão se concretizar. Até lá, ainda é possível mudar. Qualquer discussão neste momento poderá ir em frente ou não”, comentou.

Adversário - Em relação ao pré-candidato petista, o deputado estadual Mário Reali, o tucano admite querer enfrentá-lo em um possível debate e que sua representatividade é nula em Diadema. “Podemos debater sim. Dessa forma, a população verá o quanto ele está afastado da cidade. A começar, ele tem residência fixada na Avenida Sumaré, em São Paulo. Só vem a Diadema no fim de semana, como se fosse uma casa de chácara ou de praia”, atacou.

Gilson Menezes - O ex-prefeito Gilson Menezes (PSC) será possivelmente o vice da chapa petista. Entretanto, na opinião de José Augusto, o PT desrespeitou o nome de Gilson. “Ele tem um histórico em Diadema e vai ser vice. Isso é para diminuir e para humilhar o outro. Transformaram o Gilson, que era uma liderança, e foi prefeito por duas vezes, em algo insignificante. O PT realizou convenção com o PCdoB (em 2006) e disse que o Gilson seria o suplente do senador Eduardo Suplicy. No outro dia ligaram para ele dizendo que aquilo era só brincadeira. ‘Você não será o suplente’. Essa é a forma que eles (petistas) trabalham”, lamentou.

José Augusto aproveitou a ocasião para negar qualquer contato com o ex-prefeito. “Olha, as pessoas, às vezes, sonham com essas coisas. Não sei nada à respeito.”

Derrotas - José Augusto participará em outubro da quarta eleição consecutiva para prefeito. Nas três últimas foi derrotado, sendo duas vezes pelo atual prefeito, José de Filippi Júnior (PT), e uma por Gilson Menezes, então no PSB.

Entretanto, não se considera derrotado e nem em fim da carreira. “Não vou desistir. E da maneira que ocorreram as eleições, não me considero derrotado. Até hoje, muitas pessoas dizem que foi fraude, achando urnas escondidas. Não fui atrás porque não tenho provas e acho que seria difícil reverter a situação. Porém, para essa eleição, vou fiscalizar tudo de perto”, concluiu.



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