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Honda cogita 2ª fábrica de moto
21/06/2008 | 07:22
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Ricardo Trida/DGABC


A japonesa Honda estuda uma segunda fábrica de motos no País para daqui a três anos. O grupo acredita que não tem dado conta da demanda, facilitando a chegada de concorrentes, especialmente da China, maior produtor mundial de motos e com custos imbatíveis. O Brasil é o quarto maior produtor.

"Temos grande concentração em uma única fábrica e chegará uma hora em que teremos de pensar em outra solução", diz o vice-presidente para a América do Sul, Kazuo Nozawa.

A fábrica em Manaus, inaugurada nos anos 70 e hoje com 9,3 mil funcionários, realiza diversos processos produtivos, da fundição à pintura, passando pela produção de assentos e aros. Neste ano, o grupo investirá R$ 305 milhões.

Com a recente aquisição de áreas ao redor do terreno, a capacidade produtiva passará de 1,6 milhão de unidades neste ano para 2 milhões em 2010. A partir daí, uma nova fábrica será necessária. Num mercado que cresce praticamente desde 1994, numa velocidade de mais de 20% nos últimos três anos, "é natural que todo mundo queira abocanhar um pedaço", afirma Nozawa, sobre a chegada de novas fabricantes.

O executivo admite ser difícil competir em custo com as chinesas e diz que a única arma da empresa "é atender bem ao cliente nas lojas" e apostar na marca Honda.

"Nós construímos o mercado brasileiro e somos referência no País." Segundo ele, em1992, as vendas somavam cerca de 50 mil motos e, desde 2005, supera 1 milhão. Nozawa afirma também que o cliente, em um primeiro momento, pode ser induzido pelo valor de compra da moto, mas é preciso estar atento à qualidade, à assistência técnica, disponibilidade de peças de reposição e ao valor de revenda do veículo.
A Honda era dona de mais de 80% do mercado nos anos 90 e atualmente tem 71%, índice que pretende manter.

Nozawa diz que o Brasil é o país em que a marca detém a maior fatia de mercado e reconhece que mantê-la, com tantos concorrentes, será difícil.Entre as novatas, há quem aposte que, até 2012, a líder terá, no máximo 60%, das vendas.




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