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Amorim: vontade do Irã de manter acordo é positiva
Da AFP
22/06/2010 | 08:48
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Da AFP


O chanceler brasileiro Celso Amorim considerou nesta terça-feira, em Bucarest (Romênia), como um sinal positivo a vontade do Irã de manter vigente a proposta de troca de combustível nuclear com a qual se comprometeu em um acordo com o Brasil e a Turquia.

"Há uma disposição de manter o acordo que assinamos como base, o que é positivo, já que se for levado em conta o ocorrido no Conselho de Segurança se poderia temer reações menos inflexíveis", declarou Amorim em coletiva de imprensa, depois de, na véspera, ter anunciado que o Brasil renunciava à mediação desta questão.

"É animador que a declaração de Teerã (como é denominado o acordo) continue sendo válida", acrescentou o ministro brasileiro, que antes de sua visita a Bucarest se reuniu em Viena (Áustria) com o embaixador iraniano na Áustria, na sede da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).

Contexto - Brasil e Turquia fecharam, em 17 de maio, um acordo com o Irã no qual esse país comprometeu-se a trocar em território turco 1,2 mil quilos de urânio levemente enriquecido (a 3,5%) por 120 kg de combustível processado a 20% para alimentar seu reator de pesquisas médicas de Teerã.

No entanto, as grandes potências lideradas pelos Estados Unidos, que suspeitam que o Irã disfarça de civil seu programa nuclear com o objetivo de fabricar a bomba atômica, criticaram desde o primeiro momento o pacto que, segundo a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, tornava o mundo "mais perigoso".

Em 9 de junho, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução que impõe novas sanções ao Irã por sua política nuclear, com a única oposição de Brasil e Turquia.

Em entrevista ao jornal "Financial Times" em sua edição de segunda-feira, Amorim anunciou que Brasil renunciou à mediação das negociações sobre o tema nuclear iraniano, depois da rejeição dos Estados Unidos e de outras potências ao acordo.




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