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Miguel e Alice foram os nomes mais registrados na região em 2022

Com 408 registros, nome masculino lidera pelo 12° ano consecutivo o ranking no Grande ABC; 375 bebês foram batizados de Alice

Thainá Lana
Do Diário do Grande ABC
20/12/2022 | 09:00
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André Henriques/DGABC 5/8/22

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Miguel e Alice. Estes foram os nomes mais registrados nos cartórios da região em 2022, segundo levantamento exclusivo da Arpen-SP (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo). De janeiro até nessa segunda-feira (19), foram 408 e 375 registros, respectivamente.

Esta é a segunda vez que a dupla de nomes aparece como as preferidas dos pais para batizar os bebês na região ­ em 2018 os nomes também lideraram o ranking. Em 2021, Miguel e Helena foram os destaques do ano.

Nos últimos 12 anos o nome masculino Miguel segue como mais registrado nos municípios do Grande ABC. Neste ano, o prenome bíblico foi o mais escolhido em três cidades: São Caetano, Diadema e Mauá.

Entre as meninas nascidas neste ano, o nome Alice aparece no topo de quatro municípios: Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Theo, com 340 registros no ano, é o único que figura na lista das sete cidades ­ os demais não aparecem em todos municípios.

O levantamento mostra que além dos primeiros colocados, outros nomes também ganharam a predileção das famílias da região. Entre os masculinos estão Artur (379), Gael (349), Heitor (211) e Davi (162). Já entre os femininos, o destaque é para Helena (341) e Laura (212). No Estado de São Paulo, Miguel (7.171) e Helena (6.516) aparecemcom o maior número de registros em 2022.

A escolha por nomes curtos e bíblicos pode estar associada a influência de algumas personalidades do País. "Vivemos em um tempo de grande dinâmica social e muito influenciado pelas novas personalidades do mundo digital, que acabam ditando gostos, preferências e influenciando comportamentos", diz Gustavo Fiscarelli, presidente da Arpen-SP.

Maria Alice, filha da influencer Virginia Fonseca, e Gael, filho da também influencer Zoo e do youtuber Christian Figueiredo, são alguns exemplos nos últimos tempos.

MUDANÇA DE NOME

Uma das grandes novidades de 2022, o nome deixou de ser imutável no Brasil. A mudança pode ser feita desde junho, data em que a lei federal 14.382 entrou em vigor e ampliou o rol de possibilidades para alteração de nomes e sobrenomes sem a necessidade de procedimento judicial ou contratação de advogados.

A alteração é possível a qualquer adulto maior de 18 anos, independentemente do motivo, e pais de bebês, em consenso, podem alterar o nome do recém-nascido em até 15 dias após o registro de nascimento. Em seis meses, foram registrados no Brasil 4.970 alterações de nome

Para realizar o ato diretamente em cartório é necessário que o interessado, maior de 18 anos, compareça a unidade com seus documentos pessoais (RG e CPF). O valor do ato é o custo de um procedimento, tabelado por lei, e que varia de acordo com a unidade da federação. Caso a pessoa queira voltar atrás na mudança, deverá entrar com uma ação em juízo. Já no caso da alteração do nome e do sobrenome do recém-nascido é necessário que os pais estejam em consenso, apresentem a certidão de nascimento do bebê e os documentos pessoais.

Taxa de natalidade segue em queda no Grande ABC

No ano passado, 456 bebês foram nomeados Miguel, e 432 meninas receberam Helena como prenome. Já neste ano, os nomes com maior número de registros nos municípios foram Miguel (408) e Alice (375).

A diferença númerica entre os dois anos revela o atual cenário do Grande ABC: a gradativa diminuição na taxa de natalidade.

Ao comparar janeiro a novembro deste ano, com o mesmo período de 2021, a queda foi de 4,5%. Em 2021 foram registrados 25.275 crianças nascidas contra 24.134 em 2022.

Os dados do primeiro semestre deste ano mostram a menor taxa de nascimento dos últimos dez anos na região, passando de 18.135 crianças nascidas em 2012 para apenas 13.696 nos seis primeiros meses de 2022, segundo dados da Arpen-SP (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado).

Em reportagem publicada em junho deste ano pelo Diário, o professor em planejamento territorial da UFABC (Universidade Federal do ABC), destacou que a expressiva diminuição de nascimentos no primeiro semestre pode ser explicada por diversos fatores sociais, econômicos e culturais.

"A baixa natalidade tem ocorrido por conta da mudança do papel da mulher na sociedade, como maior inserção no mercado de trabalho e também pela mudança comportamental delas, impactando, assim, na baixa fecundidade (quantidade de filhos por mulher)."

Segundo estimativa do docente, em 1970 a média era de cinco filhos, enquanto hoje o número pode chegar a 1,2 ou até menos.




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