"Os sauditas são ativos em todos os níveis da cadeia de terrorismo, dos planejadores aos financiadores, da estrutura aos soldados, da ideologia ao líder", afirma Laurent Murawiec, analista da Rand Corporation, em seu relatório de 10 de julho para o Comitê de Política de Defesa do Pentágono.

"A Arábia Saudita apóia nossos inimigos e ataca nossos aliados," afirma Murawiec, descrevendo o país como a "semente do mal, o mais perigoso oponente no Oriente Médio".

Ele afirma que Washington deveria exigir que a Arábia Saudita pare de financiar grupos fundamentalistas islâmicos ao redor do mundo, interrompa as declarações antiamericanas e antiisraelenses, e processe ou isole os envolvidos na cadeia de terror, incluindo os serviços de inteligência sauditas.

Caso Riad não cumpra o exigido, campos de petróleo sauditas e centros financeiros do país deveriam ser "alvo de ações americanas", acrescentou Murawiec em seu relatório, sem especificar quais deveriam ser as ações.

Os comentários de Murawiec não refletem a opinião do comitê do Pentágono nem a política oficial americana, mas sua "aceitação está crescendo" dentro da administração do presidente George W. Bush, afirma o jornal.

Uma autoridade do governo americano, cujo nome não foi revelado, disse ao jornal que a opinião sobre a Arábia Saudita está mudando rapidamente dentro do governo dos Estados Unidos.

"As pessoas costumavam racionalizar o comportamento saudita," declarou a fonte. "Você não ouve mais isso. Não há dúvida de que as pessoas estão reconhecendo a realidade e reconhecendo que a Arábia Saudita é um problema".