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Petrobras anuncia queda nos preços da gasolina e do diesel

Redução, por enquanto, é apenas para as distribuidoras; queda deve chegar os postos em breve

Ana Caroline Enis
Especial para o Diário
07/12/2022 | 08:25
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Celso Luiz/DGABC


A Petrobras anunciou, nesta terça-feira (6), queda nos preços dos combustíveis vendidos às distribuidoras. O valor do diesel A tem redução de 8,1% (R$ 0,40 por litro) e passa de R$ 4,89 para R$ 4,49. A gasolina, por sua vez, tem queda de 6,1%, com seu preço reduzido de R$ 3,28 para R$ 3,08 (R$ 0,20 por litro). 

Segundo Roberto Leandrini, presidente do Regran (Sindicato do Comércio Varejista e Derivados de Petróleo do Grande ABC), a mudança nos preços ocorreu em função do cenário internacional: “houve uma queda do diesel na Bolsa de Valores, então, como a commodity abaixou o preço, a consequência é este reflexo na Petrobras, que segue padrões estrangeiros”.

Entre outubro e novembro deste ano, o Regram previa que, durante o mês de dezembro, a Petrobras poderia autorizar aumentos que elevariam o valor nas bombas em 20%. Entretanto, as perspectivas tiveram uma reviravolta no final do último mês graças às referências do PPI (Preço de Paridade de Importação), uma política que, segundo a própria estatal, “busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos”.

Em nota, a companhia informou que, considerando as misturas obrigatórias na composição do combustível comercializado, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, de R$ 2,20 o litro de gasolina e R$ 4,04 a cada litro de diesel vendido na bomba. Para a população, os preços devem cair cerca de 5%, representando cerca de R$ 0,06 de queda no litro da gasolina, para algo entre R$ 5,10 e R$ 5,15 nos postos. No diesel, a retração média será de R$ 0,08 e o valor médio nas bombas será de R$ 5,20.

Leandrini, entretanto, afirma que o preço nos postos não irá cair imediatamente. “A partir do momento em que os postos recebem o produto com preço reduzido, eles já repassam os custos menores para as bombas. Mas, enquanto não chega a leva de combustíveis com queda, o preço fica o mesmo do estoque anterior”, conta o presidente do Sindicato.

A respeito dos combustíveis em 2023, Roberto explica que qualquer dado ainda é imprevisível. Um dos pontos que corrobora para a queda dos preços da gasolina e diesel é a redução na alíquota do ICMS sobre combustíveis, mas que deixa de valer em janeiro do ano que vem, com a nova posse presidencial. 




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