O laudo final dos exames feitos nos bois com suspeita de febre aftosa de quatro municípios do Paraná só deve sair no início da próxima semana. Segundo o secretário executivo do Conesa (Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária), Silmar Pires, os exames realizados até agora nas amostras colhidas dos animais com suspeita da doença não foram conclusivos e mais material foi encaminhado ao Laboratório Nacional de Agricultura, em Belém, único autorizado pelo Ministério da Saúde para realizar esse tipo de exame.

Silmar Pires disse que a divulgação do laudo está dentro do prazo previsto, que normalmente é de dez dias. As primeiras amostras de "epitélio" e "raspado de mucosa de língua e de esôfago faringeano" — materiais usados para o exame — foram enviadas no último dia 22 e, desde essa data, estão sendo encaminhadas novas coletas solicitadas para contraprova.

Enquanto a confirmação não sai, as barreiras sanitárias continuam e a fiscalização é intensa nas 30 barreiras fixas e nas 28 volantes instaladas nas divisas entre o Paraná e Estados vizinhos. De acordo com informações da assessoria de Comunicação Social da Secretaria da Agricultura, cerca de 300 profissionais estão envolvidos no trabalho. Todos os técnicos da secretaria foram mobilizados em função do combate à febre aftosa no Paraná. Estão trabalhando ainda na fiscalização os conselhos municipais e intermunicipais de sanidade agropecuária.

Bloqueio - A secretaria da Agricultura bloqueou nas últimas horas o acesso a fazendas de Amaporã, no Noroeste do Paraná, onde há animais suspeitos de estarem contaminados com a febre aftosa. Policias militares e da Força Verde da Polícia Militar também foram enviados aos locais para reforçar na fiscalização dos veículos e nos acessos das fazendas e dos municípios.

Outra medida emergencial adotada pela Secretaria da Agricultura do Paraná é a realização de fóruns em diversas regiões do Estado com o objetivo de debater ações de combate ao vírus que causa a febre aftosa.