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Fraudes virtuais em contas bancárias podem chegar a R$ 10 mi
Da Agência Brasil
17/02/2005 | 15:13
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A Superintendência da Polícia Federal apurou cerca de R$ 5 milhões em fraudes de contas bancárias feitas pela Internet no Distrito Federal e nos estados do Ceará, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. As investigações estão em andamento, mas a possibilidade é do valor chegar a R$ 10 milhões. A Polícia suspeita que a quadrilha já atuava desde 1999.

De acordo com o delegado executivo da Superintendência da PF, Valmir Oliveira, a quadrilha agia há cerca de três anos. Com o alto índice de reclamações dos clientes dos bancos, a Polícia Federal do Distrito Federal percebeu, após sete meses de trabalho, que ocorria um certo número de fraudes envolvendo recursos disponíveis em contas do Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Caixa Econômica Federal, principal alvo da quadrilha. "Essa quadrilha já estava atuando há algum tempo com um certo controle, na medida em que os valores eram sacados", disse o delegado.

A partir daí, a PF começou a investigar a origem dos desvios e identificou que havia pessoas que obtinham acesso a informações privilegiadas. Com isso, elas puderam ter acesso a dados bancários e retirar, inclusive, dinheiro das contas correntes, poupança e de aplicações, por meio de várias operações de saque. "O valor de várias operações apresentaram nas contas um saque pequeno, porém no conjunto os saques eram bem maiores", disse Valmir Oliveira.

As conseqüências do crime, segundo Valmir, são os prejuízos causados não apenas para as empresas como para a União, no caso da Caixa Econômica Federal. A PF acredita ainda que mais de 200 pessoas foram prejudicas com as fraudes entre 2004 e 2005, sendo que "boa parte delas foi ressarcida".

Segundo a PF, os integrantes da quadilha possuíam bens acima da faixa normal para a atividade que exerciam. Alguns imóveis e carros já foram apreendidos por determinação judicial. Já os demais bens ainda estão em processo de levantamento e ao final a Justiça vai decidir o destino. "O líder do grupo se apresentou como taxista e tem desenvolvido a atividade, porém o patrimônio não parece ser compatível com uma renda média de um taxista. Ele tem uma casa no Park Way (bairro de classe média alta em Brasília), veículos e embarcações", disse o delegado chefe da operação, que não quis se identificar.

Os acusados são Renato Prata da Silva, o líder da quadrilha, Sérvio Willhee Rodrigues Pontes e Custódio Jerônimo de Oliveira, que faziam o levantamento de vítimas e os saques de valores desviados e Amílquer Lemos dos Santos, que foi empregado da Caixa e atualmente trabalha numa empresa de informática. Todos residem no Distrito Federal e serão indiciados por formação de quadrilha, furto e estelionato qualificado, violação de sigilo bancário, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e inserção de dados no sistema da administração pública.

"Eles serão recolhidos à carceragem da superintendência e estão à disposição do juízo federal da 12º Vara responsável pela expedição dos mandados de busca e prisão", disse o delegado. Segundo ele, a PF também está investigando a participação de pessoas que forneceram dados à quadrilha.




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