O Policial Militar Carlos Jorge Carvalho foi condenado nesta quarta-feira a 543 anos de prisão pela Justiça do Rio de Janeiro. Ele participou da maior chacina da história do Estado em março do ano passado, quando 29 pessoas inocentes foram mortas a tiros na Baixada Fluminense.

Além dos assassinatos, o PM ainda foi condenado por uma tentativa de homicídio e formação de quadrilha.

Carvalho pegou 18 anos de reclusão por cada assassinato, mas 12 pela tentativa de homicídio e nove por formação de quadrilha. No entanto, ele ficará no máximo 30 anos na cadeia, tempo máximo de prisão que é permitido pela legislação em vigor no Brasil.

De acordo com o Jornal Nacional (TV Globo), o que mais contribuiu para o PM ser considerado culpado foi o fato de a única vítima sobrevivente da chacina tê-lo reconhecido como autos dos disparos que atingiram sua perna.

Além disso, das quatro testemunhas de acusação três o reconheceram como um dos assassinos. Uma delas, inclusive, é filho de uma das pessoas que morreram devido aos disparos de Carvalho.

Defesa contraditória – Ao tentar dizer que não participou da série de assassinatos no Rio de Janeiro, o policial caiu em contradição, já que apresentou três roteiros diferentes para o que havia feito no mesmo dia.

Mesmo assim, ele tentou se justificar dizendo que o carro utilizado na chacina ele havia apenas pegado emprestado para ir até uma cidade no interior do RJ. Além disso, falou ainda que só ficou sabendo da chacina no dia seguinte. Carvalho acusou a polícia civil de plantar provas contra ele.

Outros acusados – Além de Carlos Jorge Carvalho, mais quatro PMs irão ao júri e terão que responder pelos mesmos crimes. No entanto, o julgamento deles ainda não tem data marcada.

Além disso, mas seis policiais foram denunciados pelo Ministério Público por tentativa de homicídio, homicídio qualificado e formação de quadrilha. Mas quatro já foram inocentados por falta de provas.