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Indústria tem melhor ano desde 2004
31/01/2008 | 07:11
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A alta de 6,1% do INA (Nível de Atividade da Indústria) Paulista em 2007 foi o melhor resultado desde 2004, quando o indicador apurado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) subiu 13,5% ante 2003.

A atual série histórica do INA começou em janeiro de 2002. “O INA superou nossas expectativas”, disse o diretor-adjunto do Depecon (Departamento de Pesquisas Econômicas), Walter Sacca.

A Fiesp fez diferentes projeções ao longo do ano para o INA, mas nenhuma acima de 5,5%. Em 2005, o indicador teve alta de 3,8% ante 2004; em 2006, de 3% sobre 2005.

Atividades - O comportamento da atividade industrial foi influenciado positivamente pelo mercado interno, mais dinâmico em virtude de aumento da massa salarial, do crédito e da confiança do consumidor. O empresário acredita que a indústria continua forte em janeiro – mês que é sazonalmente mais fraco – porque o comércio está com estoques baixos, o que significa aumento de pedidos para a indústria.

“O ano começa bem, com um inércia forte”, ressaltou o diretor do Depecon.

Sobre o aumento do NUCI (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) de quase quatro pontos percentuais entre dezembro de 2006 e dezembro de 2007 (81,9%), o diretor do Depecon afirmou que um número inferior a 85% não causa qualquer preocupação.

Além do mais não é possível comparar 2006 com 2007 porque o final do ano retrasado foi muito fraco para a indústria paulista. De qualquer forma, reforçou, o NUCI de dezembro recuou em relação a novembro (84,1%).

Para o ano - Para o PIB brasileiro, a expectativa da Fiesp é de um crescimento de pelo menos 2,5%, como efeito inercial do ano passado. Além disso, citando cálculos do Banco Mundial, Sacca destacou que o fim da CPMF deve ter um impacto positivo no PIB de um ponto percentual. Isso significa que, sem esforços, o País já tem praticamente garantido um crescimento de 3,5% do PIB em 2008.

Na estimativa de 5% para o INA da indústria paulista, que geralmente cresce mais que o PIB, Sacca incluiu os efeitos de uma possível crise na economia norte-americana. Para ele, a crise desacelerará a economia americana, mas sem recessão.

Ele lembrou que o Brasil tem reservas internacionais expressivas, juros que podem cair e uma economia mais sólida, que devem amenizar os efeitos da crise global sobre o País.

O empresário destacou que a indústria paulista só não crescerá acima dessa projeção inicial porque a taxa de câmbio é desfavorável à atividade.




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