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Funcionários da Saned temem retaliação com lista
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
26/04/2010 | 07:03
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O ato de protesto dos trabalhadores da Saned (Companhia de Saneamento de Diadema) contra a futura fusão com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), ocorrido há 11 dias no Legislativo, está no alvo da empresa municipal. Representantes da Comissão Sindical denunciam a existência de uma lista interna que circula entre as chefias com os nomes dos participantes. Os funcionários temem retaliação.

Questionado sobre a denúncia, o diretor administrativo Antonio Carlos dos Anjos respondeu, por nota, que a "Saned reconhece o legítimo direito dos trabalhadores de manifestar-se. Portanto, nem cogita a possibilidade de qualquer tipo de retaliação. No entanto, descontará as horas não trabalhadas".

A denúncia sobre a lista foi feita para o presidente da Câmara, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), que recebeu os representantes da Saned em seu gabinete. Na oportunidade, a vereadora Irene dos Santos (PT) estava presente. Os dois petistas ouviram, mas não teceram comentários.

"Repudiamos esse tipo de atitude da direção da empresa, afinal estamos ou não em uma democracia", questionou o presidente da Comissão Sindical dos Trabalhadores da Saned, Marco Antonio da Silva. A comissão é interna e integrada por 14 funcionários - sete titulares e sete suplentes.

A lista foi confirmada por Macrino Antonio Brito, também integrante da comissão. "As chefias imediatas pegaram os nomes dos funcionários que participaram da mobilização, a pedido da direção da empresa, mas não informaram o motivo", acusou Brito.

No dia 15, trabalhadores da Saned protestaram na Câmara sobre o medo de demissões com a criação de nova empresa. Até o fim deste ano, segundo o prefeito Mário Reali (PT), deve estar em operação uma companhia que substituirá a Saned e prestará os serviços de saneamento no município. A Sabesp terá 50% das ações, o que não concordam os vereadores Maninho e Irene.

Além da retaliação com a lista dos nomes, os representantes da comissão reclamaram da "falta de diálogo" com a direção, principalmente agora no acordo coletivo.

A Saned contesta ao alegar que "sempre esteve aberta às discussões propostas pela Comissão Sindical, inclusive durante a campanha salarial".




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