O recém-galardoado Prêmio Nobel da Paz, o presidente sul-coreano Kim Dae-Jung, pediu um aumento do respaldo da comunidade internacional a seus esforços de reconciliaçao com sua antiga rival do Norte ao começar a conferência.

Este apelo foi escutado com suma atençao e a reuniao de cúpula aprovou uma ``declaraçao sobre a paz na Península Coreana', que incentiva as duas Coréias a continuar sua aproximaçao ``pelo bem da paz e da segurança na regiao'.

Mas além desta unanimidade, pelo menos dois países europeus - Gra-Bretanha e Alemanha - anunciaram sua intençao de estabelecer relaçoes diplomáticas com a Coréia do Norte.

A Holanda poderá seguir seu exemplo em breve, segundo fontes diplomáticas.

A França, que ocupa a presidência semestral da Uniao Européia (UE), assinalou que esta decisao é ``prematura'. ``Ainda nao chegou a hora', declarou o presidente francês, Jacques Chirac.

Para reiniciar as relaçoes diplomáticas, ``sao necessários certos gestos mínimos sobre a nao proliferaçao e os direitos humanos', acrescentou durante uma entrevista à imprensa.

Esta iniciativa de Londres e Berlim nao é contrária às regras da UE. O reconhecimento diplomático é uma decisao soberana dos Estados, mas a falta de coordenaçao esfriou os ânimos.

Por sua vez, a China elogiou estas conquistas diplomáticas, que constituem vitórias para Pionguiangue, seu aliado tradicional.

Pequim conseguiu eliminar toda referência a uma necessária reduçao das armas de destruiçao em massa na Pensínsula Coreana da declaraçao aprovada esta sexta-feira no encontro de cúpula.

Entretanto, a China nao conseguiu evitar que a democracia e os direitos humanos fossem mencionados pelos chefes de Estado e de Governo da Asem, que agrupa os quinze Estados da UE e 10 países asiáticos (Brunei, China, Coréia do Sul, Indonésia, Japao, Malásia, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Vietna).