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País já é o quinto maior mercado dos 'doramas'

Em geral, histórias se resolvem em uma temporada, em 12 ou 24 episódios com duração de cerca de 50 minutos cada um - e os japoneses são bem rígidos em relação a isso

23/10/2022 | 08:30
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Os doramas são fáceis de maratonar. Em geral, as histórias se resolvem em uma temporada, em 12 ou 24 episódios com duração de cerca de 50 minutos cada um - e os japoneses são bem rígidos em relação a isso. Não há variação de tempo em diferentes episódios como ocorre, por exemplo, nas novelas brasileiras.

Os k-dramas são um pouco mais longos. Young Lady and Gentleman, por exemplo, produzido em 2021, tem 52 episódios. A produção causou polêmica no país originário por tratar do amor entre um homem mais velho e uma mulher mais jovem.

Além da Netflix, outras plataformas também disponibilizam doramas e k-dramas. Uma delas é a Rakuten Viki que conta com 1.500 títulos, traduzidos em até 150 idiomas. Entre seus destaques estão séries como O Que Houve com a Secretária Kim?, Amor entre Fada e Demônio, Amor em Contrato, Bom Trabalho e If You Wish Upon Me.

A Viki tem mais de 63 milhões de usuários registrados em 250 países. O Brasil, segundo a assessoria de imprensa da plataforma, é um dos seus principais mercados. A audiência é composta principalmente por mulheres entre 18 e 34 anos.

"Acreditamos que os brasileiros estão descobrindo e consumindo mais dramas asiáticos porque as séries são criativas, originais e extremamente relevantes para o público jovem", diz Sarah Kim, diretora de conteúdo da Viki.

A plataforma Kocowa é dedicada exclusivamente a produções sul-coreanas - além de séries, disponibiliza reality shows e programas musicais, com legendas em português.

O Star+, da Disney, disponibilizou em setembro duas novas séries: Com a Permissão do Tribunal e Mulheres de Taiwan. Elas se juntaram a Snowdrop e Grid, dois K-dramas, que já estavam em catálogo.

AMOR E COMIDA. Na TV por assinatura, a novidade é a comédia romântica Sobre Amar e Saborear, produzida pela rede MBS do Japão, que estreou no último dia 3 de outubro na faixa noturna no canal Prime Box Brasil. A série conta a história de Megumi, uma escritora solteira que é convidada a escrever uma coluna sobre os encontros que tem às cegas com possíveis pretendentes. Ela é uma foodie (viciada em comida gourmet) e os encontra em restaurantes de Tóquio. Sobre Amar e Saborear é exibido três vezes por semana. A segunda temporada estreia em novembro.

Para Yoshimitsu Naohara, gerente de negócios internacionais da MBS, a série tem aspectos únicos que vão pegar o brasileiro pela boca e pelo coração. "Cada episódio é uma história independente, com um homem (namorado) diferente. Além disso, jantar e cortejar são uma parte universal da vida para todos os seres humanos, mas são ainda mais atraentes para os brasileiros, que são muito apaixonados", diz.

Anteriormente, o Prime Box Brasil havia exibido conteúdos chineses. A audiência, de acordo com o canal, aumentou 2.000 mil por cento. Para 2023, o canal diz que tem planos de continuar a investir em séries asiáticas.

Os números de audiência dos streamings não costumam ser abertos pelas plataformas. Entretanto, de acordo com Claudia Dreyer, head de Aquisições e Parcerias Internacionais do Box Brazil Media Group, dados do governo da Coreia do Sul apontam que o Brasil é o quinto maior no consumo mundial de K-dramas.

Entre os atores mais conhecidos dessas série estão o sul coreano Choi Woo-shik, que participa do elenco de Nosso Eterno Verão. O ator participou também do filme Parasita, de Bong Joon-ho, vencedor do Oscar em 2020.

Uma das estrelas é Park Min-young, de Amor em Contrato. Ela também pode ser vista em Que Houve com a Secretária Kim? e em Clima do Amor. Park Eun-bin, que protagoniza Uma Advogada Extraordinária, é outro nome de peso entre os destaques do momento.

NA TV ABERTA. Resta saber quando as emissoras brasileiras da televisão aberta vão se render às séries asiáticas. O canal Loading, que se dedicava ao mundo pop e geek exibindo animes, encerrou suas atividades em novembro de 2021. O canal foi assumido pela Igreja Mundial do Poder de Deus. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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