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Papa pede 'o perdão, não a vingança' para o Oriente Médio
Da AFP
12/02/2004 | 14:52
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O Papa João Paulo II pediu nesta quinta-feira "o perdão e não a vingança", assim como "pontes e não muros" para a reconciliação na Terra Santa, durante uma audiência privada concedida ao primeiro-ministro palestino, Ahmed Qorei.

"A reconciliação na Terra Santa depende de perdão, não de vingança, de pontes, não de muros", declarou o pontífice durante o rápido encontro com o líder palestino na biblioteca do palácio apostólico.

João Paulo II condenou no final do ano passado a construção por parte de Israel de um muro de separação na Cisjordânia.

"Os líderes da região, com a ajuda da comunidade internacional, devem seguir na busca do diálogo e da negociação que levarão a uma paz duradoura", acrescentou.

O Papa recebeu o primeiro-ministro palestino por dez minutos, pouco depois de ter recebido o presidente colombiano Alvaro Uribe e antes do encontro com o chefe da diplomacia iraniana Kamal Kharazi.

Com Qorei, João Paulo II lembrou sua histórica visita à Terra Santa no ano 2000. "Durante a viagem rezei com fervor pela paz e pela justiça na região", declarou o Papa.

"A triste situação na Terra Santa é, infelizmente, causa de dor para todos nós, apesar dos sinais de esperança não terem desaparecido completamente", afirmou o Papa.

O primeiro-ministro palestino chegou a Roma na terça-feira para uma visita de três dias à Itália e ao Vaticano. Seu objetivo é pedir a condenação do muro de segurança israelense.

"Qorei quer demonstrar aos políticos italianos a grave situação que se vive cotidianamente por causa da construção do muro de separação na Cisjordânia", declarou o representante palestino na Itália, Nemer Hammad.

Tanto o Papa como a Itália já condenaram a construção do muro, pois o consideram mais um obstáculo para alcançar a paz.

"Pediremos um encontro com a parte israelense com o objetivo de recomendar uma revisão completa do projeto", declarou na quarta-feira o chanceler italiano Franco Frattini.

"A Itália acredita na sabedoria do primeiro-ministro Ariel Sharon, que certamente refletirá sobre o desejo dos países europeus e da Itália de deter a construção do muro", acrescentou Frattini.

O Chefe de Governo italiano, Silvio Berlusconi, afirmou a Qorei na terça-feira que seu país fará todo o possível para contribuir em uma solução da crise israelense-palestina.




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