Política Titulo Região vira fator central
Presidenciáveis passam 6 de cada 10 dias no Sudeste

Quatro Estados concentram mais de 66,7 milhões de eleitores, ou 43% do total do País

Estadão Conteúdo
01/10/2022 | 08:40
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Os quatro candidatos mais bem colocados nas pesquisas priorizaram os esforços no Sudeste para conquistar votos. A região com mais de 66,7 milhões de eleitores, ou 43% do total do País, concentrou as agendas dos postulantes ao Palácio do Planalto nesta campanha. A cada dez dias de setembro, seis foram dedicados principalmente aos Estados de São Paulo, Minas e Rio. Apenas no dia 16, uma sexta-feira, não houve uma aparição pública de candidatos na região.

Lula fez aparições públicas ao menos 21 vezes ao longo de setembro na região, descontados os dias em que esteve na Capital paulista para reuniões de alinhamento. Já Bolsonaro viajou menos, passando 14 dias no Sudeste. Ele correu para recuperar o tempo destinado a viagens internacionais no meio da campanha. Na quarta-feira, promoveu motociata em Santos.

Ciro Gomes (PDT), candidato que mais esteve no Sudeste durante a campanha, visitou os Estados 22 vezes. Na segunda-feira, 26, por exemplo, ele escolheu a capital paulista para fazer a leitura do seu "Manifesto à Nação", no comitê central da campanha. Nesse mesmo período, Simone Tebet (MDB) esteve 18 vezes em São Paulo, duas vezes no Rio e outra em Minas.

O Sudeste impõe desafios para os líderes nas pesquisas. O petista Luiz Inácio Lula da Silva tentou ampliar a distância de Jair Bolsonaro (PL) para conquistar um eventual novo mandato já neste domingo (2). Candidato à reeleição e vitorioso na região em 2018, o presidente depende do Sudeste para chegar ao segundo turno, quando precisará de tração, sobretudo em São Paulo.

Uma segunda etapa entre Fernando Haddad (PT) e Rodrigo Garcia (PSDB), por exemplo, na disputa pelo governo do Estado, deixaria o presidente sem palanque. 

Já em Minas, a tentativa de levar Alexandre Kalil (PSD) para o segundo turno contra Romeu Zema (Novo) busca manter palanque para Lula caso a eleição presidencial não acabe na primeira etapa.  O governador mineiro chegou a arregimentar o antipetismo, mas se afastou e agora tenta manter distância segura de Bolsonaro. 

Atos de Lula e Bolsonaro na véspera do pleito, tomados como cartada final das campanhas, serão realizados neste sábado (1º), na Capital paulista, ao lado de seus candidatos ao governo de São Paulo. Lula participará de uma caminhada com Haddad na Avenida Paulista, e Bolsonaro confirmou presença em uma motociata com Tarcísio de Freitas (Republicanos), com saída da Praça Campo de Bagatelle. 

A ideia da campanha de Bolsonaro de focar os últimos dias no Sudeste, além de dobrar a aposta em Tarcísio, é tirar a diferença necessária e empurrar a disputa para o segundo turno. A campanha petista também marcou presença na região na reta final. Segundo o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), Lula esteve nos maiores colégios eleitorais para consolidar os votos no Sudeste e “reforçar a possibilidade de ganhar as eleições no primeiro turno”. 

Nesta sexta (30), Bolsonaro foi a Poços de Caldas, onde participou de motociata. Lula, por sua vez, passou por Rio, Bahia e Ceará, ao lado de seus candidatos aos governos locais.  




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