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Ramadã encerrado com protesto
Das Agências
29/11/2002 | 22:49
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O grupo xiita libanês Hezbollah lembrou nesta sexta o Dia de Jerusalém com um desfile paramilitar e uma manifestação de seus seguidores em Nabatieh, no sul do Líbano. Celebrado anualmente na última sexta-feira do Ramadã, mês sagrado muçulmano, o Dia de Jerusalém foi instituído em 1979 pelo aiatolá Khomeini (fundador da República Islâmica do Irã) para apoiar os palestinos. Neste ano, a data coincidiu com o Dia da Solidariedade aos Palestinos, promovido pela ONU no aniversário da partilha da Palestina em dois Estados, um judeu e outro árabe, em 29 de novembro de 1947. Várias comunidades islâmicas celebraram a data, como no Paquistão, onde mulheres xiitas desfilaram pelas ruas de Karachi com armas nas mãos gritando palavras de ordem contra os israelenses e os norte-americanos e na Índia, onde a data foi celebrada com orações nas principais mesquitas.   

Combatentes do Hezbollah, com seus uniformes pretos e camuflados, mas sem armas, desfilaram pela cidade, seguidos por milhares de pessoas que manifestaram seu apoio ao povo palestino e que gritavam “Jerusalém, chegamos!”. Durante o desfile, militantes do grupo – apoiado pelo Irã e pela Síria –, vestidos com roupas brancas, vermelhas, verdes e pretas, formaram uma imensa bandeira palestina, enquanto alguns de seus combatentes simulavam lutas armadas.   

O xeque Hasan Nasrala, líder do grupo, afirmou que a única alternativa para garantir “a recuperação da terra, dos lugares santos (da Palestina) e da mesquita Al Aqsa (de Jerusalém)” é a resistência armada contra Israel, ao mesmo tempo em que condenou “dezenas de resoluções internacionais que não saem do papel”. O dirigente elogiou os atentados suicidas cometidos por palestinos contra alvos israelenses. “Não foram os palestinos que foram à Rússia matar judeus, mas foram os sionistas que vieram à Palestina de todas as partes do mundo”, afirmou Nasrala.




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