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Médico inaugura clínica especializada no tratamento com cannabis em São Bernardo

Clínica Verde Vida fica no edifício Twin Towers no Centro de São Bernardo

Coluna Social
19/09/2022 | 09:59
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Divulgação


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Fibromialgia, transtorno de ansiedade, dor crônica, autismo, Alzheimer, entre outras. Estas são as principais questões que têm feito pacientes buscarem tratamento na recente clínica inaugurada no edifício Twin Towers, no Centro de São Bernardo, chamada Verde Vida, especializada na cannabis medicinal.

Ronaldo José de Oliveira Correia, professor de Medicina com duas especializações na USP de Ribeirão Preto, decidiu abrir o espaço de forma presencial após a pandemia. “Comecei a me dedicar aos estudos de cannabis após o diagnóstico de autismo para meu filho”, comenta.

Atualmente, atende mais de 800 pacientes em todo Brasil e Exterior, como na Argentina e Portugal.

De acordo com informações da Anvisa é permitida a importação de medicações derivadas da planta desde 2014, com a fabricação por laboratórios nacionais autorizada desde 2019. Eu bati um papo com o doutor para conhecer um pouco sobre este universo e você confere todos os detalhes abaixo:

 

Juliana Bontorim Convida: Fale-nos de sua formação acadêmica (Especializações, cursos, formações)

Ronaldo José de Oliveira Correia: "Formei em medicina em Ribeirão Preto, no interior, em 2005. Posteriormente me especializei em Pediatria e Nefrologia, áreas que me dediquei por 10 anos. No fim de 2018, passei a me interessar pela Cannabis Medicinal, estudando artigos por conta própria e fazendo alguns cursos (que eram raros no Brasil) e de universidades no exterior".

 

JBC: Como funciona a medicação?
RC: "A medicação quase sempre é tomada na forma de gotas por via oral. Apesar disso, também pode ser usada na forma de cápsulas e cremes, por exemplo, dependendo do caso".

 

JBC: Como as pessoas sabem se é um tratamento que pode ser viável para ela? Somente é averiguado após consulta?
RC: "Realmente é necessária uma avaliação médica para o início e condução do tratamento, pois nem sempre o paciente precisa da medicação. Muitas vezes ainda há opções tradicionais de tratamento a se explorar antes de iniciar alguma medicação derivada de Cannabis".

 

JBC: Existe alguma recomendação para as pessoas antes de buscarem essa opção de tratamento?
RC: "A principal recomendação é tentar as medicações tradicionais e fazer seu uso conforme indicado antes de procurar a Cannabis Medicinal. Importante também dar o devido valor aos tratamentos não medicamentosos orientados pelo médico, como psico e fisioterapia, por exemplo. De maneira geral, os derivados de Cannabis são indicados em situações em que os tratamentos clássicos não foram bem-sucedidos".

JBC: É algo paliativo?

RC: "É uma modalidade de tratamento que, na maioria das vezes, busca melhora da qualidade de vida do paciente através da redução de sintomas em situações como dor crônica, epilepsia, ansiedade, mal de Alzheimer, autismo e vômitos em pessoas fazendo quimioterapia.

 

JBC: Como são os resultados?
RC: Os resultados variam de acordo com a condição sendo tratada. Situações como dor neuropática crônica, esclerose múltipla e epilepsia refratária já têm uma evidência científica bem consolidada. Em situações como autismo e Alzheimer, os estudos científicos também existem, mas em menor número".

JBC: Como foi o processo para o caso do seu filho?

RC: "O meu filho foi justamente o que me motivou a estudar o assunto. Hoje com 9 anos, ele teve diagnóstico de autismo aos 2 anos de idade.
A Cannabis Medicinal foi um ponto de virada. As medicações tradicionais o deixavam muito sonolento, mas com o Canabidiol ele teve uma melhora muito grande na agitação, atenção e socialização, o que maximizou o aproveitamento das terapias que ele faz".


JBC: Qualquer um pode utilizar o tratamento?

RC: "O que chamamos comumente de "Cannabis Medicinal", na verdade, envolve vários tipos de medicações com diferentes composições. Alguns desses tipos não podem ser utilizados por algumas pessoas. Em paciente com antecedente de esquizofrenia, por exemplo, o THC (principal componente psicoativo da planta) deve ser evitado na composição".

 

JBC: Como é o tratamento, o medicamento em si e como é realizada a compra da medicação?
RC: "Quase sempre o tratamento é feito por via oral. O paciente também não sente nenhum efeito tipo "lombra" ou "barato", isso simplesmente não existe.
Hoje em dia, a compra da medicação só pode ser feita com apresentação de receita médica, de 3 formas: Nas farmácias comuns, via importação ou através de associações de pacientes autorizadas pela justiça (existem 2 no Brasil)".

 

JBC: Ainda há muito preconceito em relação ao uso da cannabis na medicina? Como é o trabalho para apresentar outro ponto de vista às pessoas?
RC: "Um pouco de preconceito e receio por parte de algumas pessoas ainda existe, mas já é muito menor do que era há 3 ou 4 anos atrás. Hoje esse tema está mais presente na mídia que nunca, os colegas médicos também estão buscando conhecer melhor o assunto.

Ao falar sobre o assunto antigamente, eu era recebido com olhares de desconfiança. Hoje em dia os olhares são de interesse e curiosidade.
Cannabis Medicinal não é uma panacéia que trata de tudo e deveria ser usada por todos, mas é uma de modalidade tratamento que pode ajudar um grande número de pessoas quando bem indicada e sendo acompanhada por um profissional qualificado".

 

Crédito da imagem: Divulgação 

 

Serviço:

Espaço Médico Verde Vida

Edifício Business Tower
Rua Rio Branco 427 – 10° andar – Centro
São Bernardo do Campo – SP

 

Saiba mais sobre a clínica:

http://clinicaverdevida.com.br/
https://www.instagram.com/clinicaverdevida/




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