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Mercadante defende 'guerra fiscal' para evitar perda de verba
30/07/2010 | 09:11
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O senador Aloizio Mercadante, candidato ao governo paulista pelo PT, defendeu ontem, em Araçatuba, a 560 quilômetros da Capital, o ingresso do Estado na chamada guerra fiscal para evitar a fuga de recursos.

"Não vamos deixar nosso Estado ser passado para trás, como aconteceu nos últimos anos, quando o Interior perdeu muitas indústrias para o Mato Grosso do Sul", disse, dando como exemplo o município de Três Lagoas (MS), na divisa com São Paulo, que nos últimos dez anos recebeu mais de R$ 6 bilhões de investimentos e vai receber outros R$ 10 bilhões nos próximos três anos, por conta de incentivos estaduais oferecidos pelo governo sul-mato-grossense. "A indústria de calçados, de biscoitos e agora a de celulose foram para aquele município, que soube se aproveitar a omissão do governo de São Paulo para tirar as indústrias daqui", disse o senador.

Mercadante participou de carreata pelas ruas de Araçatuba sobre um jipe. Depois caminhou pelo calçadão comercial da cidade, onde posou para fotos e deu entrevista. O candidato voltou a atacar o PSDB ao comentar a tática de sua campanha de tentar obter votos enaltecendo a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva à frente do governo federal. "Eles continuam escondendo o (ex-presidente tucano) Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2002) porque não têm o que falar sobre o governo dele. Imagino que ele esteja muito aborrecido com isso", afirmou.

O petista também criticou a condução do PSDB com Segurança, Educação e Saúde no Estado de São Paulo e disse que só compara os governos federais numa campanha regional porque não tem como fazer as comparações em São Paulo. "Não tenho como fazer as comparações estaduais porque aqui só o PSDB governou nos últimos 16 anos", disse, antes de embarcar para Limeira.

MÁQUINA PÚBLICA - O senador negou ter funcionários do Senado a serviço de sua campanha, conforme denúncias publicadas ontem no jornal O Estado de S. Paulo". Mercadante negou inclusive que seu motorista Alexandre Ramos Fonseca trabalhe em seus compromissos de campanha - na reportagem, porém, admitiu. "Nunca o usei para campanha eleitoral", afirmou o petista. Segundo Mercadante, suas palavras foram mal interpretadas - ele enviará carta com explicações ao jornal.




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