Números divulgados pelo Banco Central mostram que bloco apresenta estabilidade, destoando do restante do País
As regiões do Brasil apresentaram crescimento econômico disseminado, com exceção do Sudeste que registrou relativa estabilidade. A avaliação é do BC ( Banco Central) e consta do Boletim Regional, publicação trimestral que apresenta as condições da economia por regiões e por alguns Estados do País, divulgada no fim da última semana.
A estabilidade do Sudeste, no segundo trimestre, ocorreu devido o recuo dos serviços financeiros e o arrefecimento da expansão do comércio. Por outro lado, nacionalmente, o crescimento foi mais disseminado do que no primeiro trimestre com expansões significativas em outras regiões.
Segundo o boletim, a economia do Sudeste perdeu ritmo no segundo trimestre, com o IBCR (Índice de Atividade Econômica Regional) variando negativamente em 0,1% no trimestre, em relação ao trimestre imediatamente anterior (1,6%). O BC informou, também, que o resultado foi influenciado pelo desempenho de São Paulo, que teve queda de 0,5%. Os demais Estados do Sudeste apresentaram avanço, com destaque para Minas Gerais, com alta de 1,5% na atividade. No acumulado em 12 meses até junho, a economia da região registrou incremento de 2,6%.
“O aumento das vendas do comércio desacelerou para 0,2% no segundo trimestre em relação ao anterior, quando havia crescido 1,5%. Houve avanço em cinco dos dez segmentos pesquisados, com destaque para equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, além de combustíveis. Em sentido oposto, setores mais sensíveis ao crédito e à elevação da taxa de juros, como os de material de construção, veículos, motocicletas, partes e peças e móveis e eletrodomésticos, apresentaram retração”, explicou o boletim.
De acordo com o BC, o setor de serviços continuou o processo de retomada pós-pandemia, com avanço em todos os segmentos, especialmente o de serviços prestados às famílias.
A avaliação do Banco Central é que as políticas temporárias de apoio à renda e os auxílios dados pelo governo federal à população, tendem a favorecer a expansão no consumo das famílias, com impactos positivos no comércio e no setor de serviços.
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