Política Titulo Entrevista Exclusiva
Luciana Garcia destaca trabalho social na região
Joyce Cunha
Do Diário do Grande ABC
28/08/2022 | 00:01
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André Henriques/DGABC


Municípios do Grande ABC terão R$ 34,6 milhões em investimentos públicos e privados para a implantação do programa Praça da Cidadania, do Fundo Social do Estado. Em entrevista exclusiva ao Diário, a primeira-dama e presidente da entidade estadual, Luciana Garcia, apresentou cronograma de construção dos equipamentos de lazer e de formação profissinal em Mauá, Diadema e São Bernardo. Santo André tem unidade desde 2019. A modernização do Fundo Social nos últimos anos, as ações lançadas para o enfrentamento dos impactos da pandemia e o fortalecimento de vínculos com os fundos sociais dos municípios paulistas foram avanços destacados pela primeira-dama, que tem rotina diária dividida entre os cuidados à família, o trabalho voluntário realizado na entidade solidária estadual e a carreira de administradora de empresas. Ela ainda elogiou o Moeda Verde, programa criado em Santo André.

Quais os principais eixos de atuação do Fundo Social de Solidariedade do Estado?

O Fundo Social é um braço do governo, mas não é uma Pasta que recebe verbas governamentais. Ele começou como um programa de voluntariado, sempre com o objetivo de ajudar a população mais carente. No início, atuou com campanhas tradicionais, como a do agasalho. Depois vieram as padarias artesanais da dona Lu (Alckmin). Cada primeira-dama que passou foi deixando seus traços. A estrutura do Fundo Social vem sendo modernizada. Com a pandemia, por exemplo, a Campanha do Agasalho se transformou em Inverno Solidário, para arrecadar cobertores novos. Também por conta dos impactos do coronavírus, com a insegurança alimentar, foi criada a campanha Alimento Solidário. O Fundo Social tem fortalecido programas como o Praça da Cidadania, que leva às comunidades de alta vulnerabilidade equipamentos de lazer para as famílias aliados às escolas de capacitação profissional, para garantir a inclusão social dessas pessoas. 


Quais foram os impactos da pandemia no desenvolvimento das ações da entidade?

Tivemos ações iniciadas por conta da pandemia. O fato de termos a distribuição de cesta básica hoje como a principal procura entre os serviços prestados pelo Fundo Social é reflexo da dificuldade que muitas famílias ainda estão enfrentando. Queremos ampliar os investimentos em cursos de formação e outros projetos, mas precisamos, ainda, priorizar e aumentar a oferta dos alimentos, como temos feito. 


Desde que assumiu a liderança do Fundo Social, em abril deste ano, até hoje, quais os principais resultados das campanhas solidárias?

Parte das campanhas, como Inverno Solidário, segue em andamento até o próximo mês. Acredito que, em todo o Estado, vamos bater os números do ano passado, quando arrecadamos em torno de 300 mil cobertores. Até o momento, já contabilizamos 210 mil unidades arrecadadas e doadas aos municípios. Em relação às cestas básicas também tivemos aumento. A previsão para este ano era de aquisição de um milhão de cestas. Vimos as cidades pedindo mais e mais, então realizamos nova licitação que garantiu a compra de mais 500 mil unidades, que estão sendo doadas. Somente para o Grande ABC, até os próximos meses, iremos ultrapassar 37 mil cestas entregues às famílias em maior vulnerabilidade, além de 3.700 cobertores novos que os Fundos de Solidariedade dos municípios doaram a quem mais precisou neste inverno rigoroso. 

Em julho, o Fundo Social anunciou a construção de três novas unidades do Praça da Cidadania, em Mauá, Diadema e São Bernardo. Qual o status dos projetos?

O Praça da Cidadania é levado aos bairros mais vulneráveis para atender aquela mãe, aquele pai que está ali, precisando de emprego. Oferecemos em nossas escolas de capacitação, dentro dos equipamentos, cursos de moda, de gastronomia, de construção, de tecnologia, empreendedorismo, entre outras áreas. Até 2023, com investimentos públicos e privados de R$ 99,2 milhões, teremos 20 praças construídas e entregues aos moradores. No Grande ABC, além de Santo André, que ganhou unidade em 2019, teremos o equipamento em Mauá, Diadema e São Bernardo, totalizando investimento de R$ 34,6 milhões do programa na região. As obras das praças de Mauá e Diadema têm início previsto para o próximo mês. Em São Bernardo, a construção deverá começar em outubro. Nosso principal objetivo é garantir, por meio da capacitação profissional, oportunidade para que as pessoas sejam autônomas. E oferecer atividades culturais e de lazer às comunidades. 

Como é o relacionamento do Fundo Social do Estado com os municípios? A iniciativa Governo na Área fortaleceu este relacionamento?

Essa foi uma experiência muito positiva que contribuiu sim para fortalecermos o vínculo com os fundos sociais dos municípios. O fato de estarmos indo para as diferentes regiões, reunindo tanto prefeitos, como primeiras-damas, reforçou nosso trabalho conjunto. Esta é uma oportunidade de compreender o que cada município precisa. As cidades são muito diferentes uma da outra. Conheci de perto o trabalho realizado pelos fundos sociais. São ações muito bonitas, sempre com muito envolvimento e dedicação das equipes. 

Em um dos compromissos no Grande ABC, uma das iniciativas apresentadas foi o programa Moeda Verde, do Fundo Social de Santo André. Essas experiências se tornam referência?

O Moeda Verde é maravilhoso. Tenho feito a mediação entre os fundos sociais. Então, por exemplo, conheci o projeto da Ana Carolina (Serra, primeira-dama de Santo André), e levei para outras primeiras-damas, mostrando como a iniciativa é bacana e pode ser uma possibilidade para implantação em outros municípios. Cumpro este papel de divulgar e tentar aproximar as realidades para que exista a troca das experiências. Assim como o Moeda Verde, tem uma iniciativa muito bacana de Guararema, o Pérola do Bem. As pessoas levam materiais recicláveis para receber “pérolas”, que podem ser trocadas por produtos novos em loja do Fundo Social da cidade. 


Como a senhora vê a participação e a representatividade feminina na política?

O protagonismo feminino vem aumentando em todos os setores. O papel da mulher cresceu muito na sociedade. Saímos daquela função de “casa” e estamos assumindo espaços em todas as áreas, inclusive na política. Temos essa sensibilidade de querer ajudar em todos os lugares. A deputada Carla (Morando) e a Ana Carolina (Serra) são exemplos disso. Elas se envolveram muito no social das cidades e entram com força na política, buscando a representatividade de seus municípios na Assembleia Legislativa. É fundamental que as cidades também elejam representantes femininas.

O desenvolvimento social é um dos principais pilares das propostas da campanha do governador Rodrigo Garcia (PSDB) à reeleição. Quais são os novos projetos e contribuições do Fundo Social do Estado? 

O Fundo Social e a Secretaria de Desenvolvimento Social caminham juntos para que o resultado de nossas ações chegue àqueles que precisam. Eu e a secretária da Pasta, Laura (Machado), temos debatido novas iniciativas. Entre elas está projeto voltado à primeiríssima infância. Temos como referência a experiência de Jundiaí. A ideia é garantir o suporte social às famílias das crianças de até três anos, em situação de vulnerabilidade social, desde o período de gestação. Disponibilizar o serviço especializado para que as famílias tenham melhores condições de cuidar de seus filhos e que essas crianças tenham seus direitos garantidos, em ambientes que estimulem seu crescimento saudável. 




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