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Na região, uma a cada cinco pessoas está com nome sujo

São 606.781 moradores negativados nos serviços de proteção ao crédito; educação financeira é alternativa amenizar o problema

Beatriz Mirelle
Especial para o Diário
22/08/2022 | 07:55
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Claudinei Plaza/DGABC


Uma a cada cinco pessoas está endividada no Grande ABC. Ao todo, são 606.781 moradores da região que têm alguma pendência com o SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) Brasil ou Serasa, correspondendo a 21% da população negativada. Os atrasos analisados são de datas iguais ou superiores a 90 dias.

As informações são do índice de inadimplência da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) São Caetano e SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) Brasil.

Apesar de alta, o número é menor que em 2021, que indicava que 26% da população do Grande ABC estavam com contas pendentes. O presidente da CDL São Caetano, Alexandre Damasio, ressalta que a educação financeira é o primeiro passo para reduzir esses valores. “Existe necessidade de um acordo em favor da educação financeira, estimulando a discussão do assunto nas famílias, no trabalho, nas escolas e em ambientes sociais”, explica.

No Brasil, o número de inadimplência é de 63,37 milhões de pessoas. Neste mês, a taxa da começou o semestre com alta de 1,1%, depois de retração de 0,6% em junho, segundo o indicador divulgado pela Boa Vista.

CORTE DE DESPESAS

Para tentar economizar, a alternativa mais viável para o consumidor é eliminar despesas desnecessárias. Por conta da pandemia, 63% dos brasileiros tiveram que realizar esses cortes em custos domésticos, de acordo com a pesquisa do Instituto FSB Pesquisa e SulAmérica, com 2.000 pessoas foi feita em maio em maio.

Além disso, entre 2021 e 2022, mais da metade dos brasileiros (55%) repensou a possibilidade de ter outras fontes de renda além da principal.

Gabriela Schor, gerente de investimentos da SulAmérica Investimentos, destaca dois outros números: quase metade dos brasileiros, ou 49%, afirma estar “apertado” financeiramente e 39% dos entrevistados poupam dinheiro apenas quando sobra no fim do mês. “É um cenário desafiador. Em diversos momentos de nossas vidas nos deparamos com imprevistos financeiros. Não dá pra prever o futuro, mas podemos estar minimamente preparados. Por isso, é fundamental que todo mundo tenha uma reserva de emergência.” Anotar e organização todas as despesas em planilhas pode ser uma alternativa para visualizar os gastos e entender quais podem ser evitados.

OUTRO FOCO

Por conta da falta de dinheiro, a pesquisa FBS/SulAmérica também indicou que investimentos em lazer deixaram de ser uma prioridade. Um a cada três brasileiros dedicavam mais tempo para atividades culturais antes da pandemia do que agora. Em uma nota de zero (nenhuma importância) a 10 (total importância), a prioridade de gastos com cultura dos brasileiros atualmente é três. 

Juros para empréstimo teve alta de 1,74% no mês de agosto

A taxa para empréstimo pessoal teve alta de 1,74% em agosto. A pesquisa do Procon-SP indicou que a média nos bancos ficou em 7% ao mês. Essa porcentagem indica aumento de 0,12 pp (ponto percentual) no comparativo com o último mês, que fechou em 6,88% (variação positiva de 1,74%).

A Caixa Econômica Federal se destacou com variação positiva de 16,54% e acréscimo de 0,67 p.p.. Neste banco, a taxa saltou de 4,05% para 4,72% ao mês. Mesmo assim, ainda é a menor taxa entre os pesquisados.

Já o Banco do Brasil teve a menor variação (1,23%). O acréscimo de 0,08 p.p. significou mudança de 6,49% para 6,57% ao mês.

As instituições monitoradas pelo órgão estadual são Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra e Santander. A maior taxa é a do Bradesco (8,64%).

CHEQUE ESPECIAL

A taxa do cheque especial de todos as instituições têm taxa de 8% ao mês, exceto o Banco do Brasil (7,73%). Desde fevereiro de 2021, a média permanece a mesma, de 7,96% ao mês. A indicação do Procon é que o consumidor evite contratar linhas de crédito, mesmo aquelas com juros menores, principalmente se não puder cumprir o estipulado em contrato.




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