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Forças Armadas têm acesso a código-fonte

Técnicos estiveram na sede do Tribunal Superior Eleitoral para inspecionar sistema eletrônico de votação

Da ABr
04/08/2022 | 08:00
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Divulgação/Marcello Casal JR/ABr


Técnicos das Forças Armadas foram ontem ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Brasília, para inspecionar os códigos-fonte da urna eletrônica e dos sistemas eletrônicos de votação. Pelo cronograma de trabalho, pela manhã foram feitas reuniões explicativas com técnicos da Justiça Eleitoral, e, à tarde, os códigos-fonte foram inspecionados numa sala instalada pelo TSE em sua sede especificamente para este fim.

Código-fonte é um conjunto de comandos e instruções, escritos em linguagem para computadores, que integram um programa capaz de acionar o funcionamento de equipamentos eletrônicos.

A inspeção dos códigos-fonte das eleições por integrantes das Forças Armadas ocorre após o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, ter enviado na segunda-feira (1) um ofício ao TSE pedindo acesso “urgentíssimo” aos dados.

Em resposta, o TSE informou que o acesso a todos os códigos-fonte utilizados nas Eleições 2022 estão disponíveis desde outubro do ano passado para as entidades fiscalizadoras do processo eleitoral, incluindo as Forças Armadas.

A inspeção já foi realizada, por exemplo, pela CGU (Controladoria-Geral da União), MPF (Ministério Público Federal) e Senado. A PF (Polícia Federal) marcou para realizar o procedimento entre os dias 22 e 28.

Todos os partidos políticos também podem inspecionar os códigos. Até o momento, se interessaram pelo procedimento as siglas PV, PL e PTB, embora somente esta última tenha de fato conduzido uma inspeção, informou o TSE.

Desde as eleições municipais de 2020, o TSE vem ampliando o rol de entidades que podem ter acesso livre aos códigos-fonte do sistema eletrônico de votação, desenvolvidos por programadores da própria Justiça Eleitoral.

Além de órgãos oficiais, a lista oficial inclui, entre outros, entidades como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e os departamentos de tecnologia de instituições acadêmicas. A UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) realizou a inspeção em março.

Além disso, a UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e a Polícia Federal participam de um projeto-piloto que permite acesso remoto aos códigos. 




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